Uma cerimônia mais curta e não só branca - foi com brincadeira desse naipe que aconteceu a 36ª edição do Framboesa, na noite deste sábado (27), no Palace Theatre, localizado no centro de Los Angeles. Dedicado aos piores do cinema, o Razzie, como é chamado em inglês, focou seu desprezo em 50 Tons de Cinza, que foi eleito o pior em cinco das seis categorias em que concorria, inclusive a de pior filme do ano (empatado com Quarteto Fantástico).
Em todos os aspectos, o Framboesa busca ser uma paródia do Oscar. A começar por um número musical que abre a cerimônia, em homenagem aos filmes indicados. Mas, ao contrário do luxo e da perfeição da festa da estatueta dourada, o Razzie mais se parece com uma grande revista musical inspirada na revista Mad, a julgar pela caricatura exagerada de astros e filmes.
Como nenhum dos atores compareceu para receber o troféu, o que é habitual, era exibido um vídeo em que um repórter simulava entregar o prêmio ao selecionado. E, também como acontece no Oscar, a cerimônia do Framboesa é interrompida para a projeção de nomes e fotos de artistas que morreram no último ano - no caso, de profissionais que foram premiados como piores em um determinado momento da carreira, como o diretor Wes Craven, especializado em terror.
Sem o mesmo cuidado do rival em evitar assuntos delicados, o Razzie teve um sósia do presidente Obama entregando um prêmio (a imitação da forma de falar, aliás, foi perfeita) e as últimas categorias contou com uma paródia do pré-candidato republicano Donald Trump, que disparou ofensas contra imigrantes, especialmente os mexicanos.
Criado pelo publicitário John Wilson em 1981 - a primeira cerimônia aconteceu em sua sala -, o Framboesa oferece uma estatueta que não chega a custar US$ 5.
A fruta é usada no sentido da expressão "blowing a raspberry", que é simular o som de flatulência com a boca. Neste ano, contou com o voto de 943 eleitores, espalhados por 48 estados americanos e 20 países.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.