Visitar um local sem sair de casa sempre foi um desejo não só para quem gosta de tranquilidade e conforto, mas também para aqueles que querem otimizar seu tempo, selecionando os lugares que mais lhe agradam antes de definir a necessidade de deslocamento e o seu destino presencial. A chegada da internet, juntamente com a popularização do acesso a recursos de fotografias digitais, possibilitou nos últimos anos que qualquer pessoa pudesse tomar decisões visualizando alguns quadros e pontos de vista, seja para comprar um imóvel ou até mesmo conhecer obras de arte na versão digital antes de se deslocar para vê-las presencialmente.
Porém, junto com acessibilidade, vieram as decepções: quem nunca se arrependeu de visitar um local que, pelas fotos, parecia ser bom e, presencialmente, não era? A visita torna-se uma perda de tempo, energia e dinheiro. E o que é pior: quem já deixou de ir para um bom local porque não havia imagens ou estas não eram atrativas? Para este segundo caso, muitas vezes não se sabe o que se perdeu porque, obviamente, não houve a visita presencial. Do ponto de vista do visitante, a perda de uma oportunidade pode até ser compensada com outra bem-sucedida. Mas do ponto de vista de um negócio, cada desistência pode representar a perda de muito dinheiro.
Foi com essas informações e essa percepção que Francisco Toledo, empresário e empreendedor, focado em tecnologias 3D, fundou a iTeleport e trouxe para o Brasil uma solução revolucionária para a visualização de ambientes. Mais do que digitalizar espaços reais em 3D, a iTeleport permite que os usuários vivenciem virtualmente os mais diversos ambientes, com uma sensação de presença e alto realismo sem ter de sair de casa ou do escritório.
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O segredo é o escaneamento dos ambientes utilizando um sensor infravermelho, mais compacto e financeiramente mais acessível do que as soluções a laser. Para se ter uma ideia de tamanho e tempo, imóveis mobiliados com cerca de 100 metros quadrados podem ser processados para 3D em apenas 2 horas. A tecnologia permite que as visitas virtuais sejam feitas diretamente no site por meio de computadores, smartphones e até óculos de realidade virtual.
O recurso tem atraído a atenção em especial do mercado imobiliário, principalmente de sites de aluguel e venda, imobiliárias e incorporadoras, que já estão contando com a ferramenta nas regiões Sul e Sudeste. "Os empresários do setor não querem mais perder negócios por causa de imagens mal produzidas", diz Toledo. "Ainda que haja algumas fotografias bem tiradas, elas não apoiam na compreensão dos espaços, conexão dos cômodos e não permitem fazer uma visitação passo a passo, como se você realmente estivesse no local", reforça. "Esses empreendedores já sabem que uma visita virtual bem feita encanta seus compradores e acelera a efetivação de negócios, mas até agora não havia como viabilizar técnica e financeiramente essa alternativa que nós estamos oferecendo", completa.
E não só o mercado imobiliário que está de olho na tecnologia de visitação 3D. Recentemente, a iTeleport fez uma parceria para apresentação de uma vernissage no interior de SP, do artista Joarez Filho. A experiência cultural tem atraído também a atenção de museus, que querem abrir parte de seu acervo e, assim, possibilitar que mais visitantes sintam-se atraídos para a visita presencial. "Temos retornos muito positivos e estamos certos de que a tecnologia de digitalização 3D de ambientes tem uma tendência de adesão muito forte nos mais variados setores a curto e médio prazo", completa Toledo.
Clique aqui e experimente você mesmo as sensações de uma visita on-line.
Surgimento da startup
Engenheiro de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com especialização em Tecnologias 3D, o empreendedor Francisco Toledo fundou sua primeira empresa em 2013. Chamada de Atmmos, a startup se propunha a utilizar realidade virtual para engenharia e arquitetura, criando visualizações interativas de imóveis antes de eles ficarem prontos. Concorrendo com mais de 500 startups, a empresa de Toledo foi a vencedora da versão brasileira da Demo, principal concurso de startups do Vale do Silício (EUA), e que este ano se associou à Associação Brasileira de Startups.
Além do prêmio, Toledo ganhou direito a um pitch na edição global do evento nos Estados Unidos e, ainda, um período de aceleração da empresa na Plug and Play Tech Center, no Vale do Silício, entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015. Nesse período, Toledo observou a crescente adesão pela tecnologia de digitalização 3D e, desta forma, decidiu trazer para o Brasil um modelo bem sucedido em diversos países pelo mundo.
Veja como funciona: