Para dizer que uma construção é verde, não basta providenciar a separação dos resíduos sólidos e trocar as lâmpadas por modelos mais econômicos. O padrão de certificação internacional LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), criado nos Estados Unidos, adotou critérios rigorosos para os construtores que se candidatam a receber o selo de prédio verde.
Em Londrina, um projeto está a caminho de conseguir a pré-certificação internacional. De acordo com o engenheiro Fernando João Rodrigues de Barros, responsável técnico pelo licenciamento ambiental do Mercado Palhano, que será construído em uma área de 10 mil metros quadrados próximo ao Lago Igapó 2, o projeto vai apostar principalmente na redução do consumo de água e de energia elétrica, resultando não só em economia de recursos naturais mas na diminuição dos custos de manutenção do condomínio.
Para a água, equipamentos economizadores e armazenamento de água pluvial devem reduzir o consumo diário de 23.618 litros para 17.635 litros ao dia, ou seja, uma redução de 25,33% dos gastos.
O projeto do Mercado Palhano ainda prevê cobertura verde na área acima da área dos restaurantes, pois o interior não será refrigerado. Aquecedores solares serão instalados para a captação de energia solar, além da instalação de um bicicletário e o dimensionamento da arquitetura para aproveitar ao máximo a iluminação natural.
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O objetivo, conta o engenheiro, é alcançar a certificação prata, em uma escala que passa pelas categorias ouro e platina. Segundo Barros, apenas 10 prédios brasileiros conseguiram receber o selo LEED, pois a certificação só acontece depois da obra pronta. ''Em São Paulo, cerca de 150 prédios estão em fase de pré-certificação. As grandes construtoras investem em construções verdes em busca de um condomínio mais barato'', analisa.