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Paredes saem de cena para dar lugar à produtividade

03 jul 2009 às 14:16

As empresas nunca foram tão democráticas. Derrubam paredes, aproximam departamentos e colaboradores e, em alguns casos, abrem mão dos suntuosos gabinetes da diretoria para colocar o primeiro escalão em estações de trabalho. Fim da hierarquia? "Na verdade, as organizações estão lançando mão dos recursos da arquitetura e do design de interiores para ampliar a produtividade e a qualidade, ou seja, para aumentar a competitividade", destaca Almira Portella, do escritório Scorza & Portella Arquitetas Associadas.

Ela conta que, na capital federal, os chamados open spaces vieram para ficar. É notória a demanda pela remodelação de espaços corporativos, com o objetivo de imprimir nas instalações os valores exigidos pelo mercado. "Recursos como painéis de vidros, estações de trabalho e iluminação melhoram a comunicação interna e, consequentemente, os processos e os resultados", explica a arquiteta.


O modelo warehouse, que lembra os armazéns americanos, parece ser a inspiração de muitos projetos. "Tijolo aparente, pintura cimentícia e madeiras de demolição completam esse tipo de proposta", revela Portella. A construtora Artec é um dos exemplos executados pelo escritório. "Nesse caso, a arquitetura atuou de maneira definitiva na melhoria das relações de trabalho, tanto entre funcionários quanto com o cliente. Desenvolvemos o projeto priorizando pontos como conforto, praticidade e hospitalidade", complementa a arquiteta Cristiana Scorza.


Antes de Mudar


Na prática, as empresas devem observar alguns aspectos antes de transformar seus ambientes fechados em open spaces. Em muitos casos, algumas áreas poderão permanecer isoladas, como é o caso daquelas que necessitam de privacidade e segurança - usualmente as áreas financeira e jurídica.

Além desses, departamentos de tecnologia da informação podem necessitar de climatização diferenciada, o que torna as paredes essenciais. "No mais, as empresas devem verificar se a cultura organizacional está preparada para a mudança. Ou seja: se os colaboradores saberão trabalhar em grupo e ao mesmo tempo exercitar a concentração do pensar", conclui Portella.


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