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Mercado favorável

Não perca tempo, chegou a hora de construir

Gisele Mendonça - Reportagem Local
19 jan 2010 às 10:20
- Arquivo/Folha de Londrina
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O Custo Unitário Básico (CUB), índice que reflete a variação dos custos e é utilizado nos reajustes dos contratos do setor de construção civil, fechou o ano de 2009 com um aumento de 4,38% na região de Londrina, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon). Durante o ano, o valor do metro quadrado (para projetos residenciais padrão médio), passou de R$ 800,03 (em janeiro) para R$ 832,57 (em dezembro). O cálculo leva em conta os preços da mão de obra e dos materiais de construção.

Segundo o presidente do sindicato, Osmar Alves, a variação foi dentro do previsto, levando em conta a inflação do período. ''Os incentivos do governo, como a redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para os materiais de construção, também ajudaram (a segurar o valor do CUB)'', observa. Segundo o Sinduscon, no cálculo de dezembro, a mão de obra representou 45,66% e os materiais de construção 54,34%.

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Para quem pretende iniciar uma construção este ano a boa notícia é que o mercado dos materiais deve se manter estável. Um dos motivos é a prorrogação da redução do IPI no setor até junho, o que reflete na queda de até 10% nos preços de alguns itens. Adriano Montanari, presidente da Federação dos Comerciantes de Materiais de Construção do Paraná (Fecomac), lista um cenário positivo para o setor.

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''A oferta de crédito, o mercado estabilizado e o aumento do prazo para pagamento (oferecido pelos comerciantes) compõem um cenário excelente para quem quer construir'', analisa Montanari.

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Quanto aos preços, ele destaca que os produtos básicos (tijolo, cimento, pedra) ainda são os itens mais baratos de uma construção. E o que mais pesa no bolso é a parte de acabamento. A entrada de produtos importados, porém, tem contribuído para a redução de preços no setor.


Um exemplo são os pisos. ''De uns cinco anos para cá está entrando muito produto da China, com bom preço e boa qualidade. Isso faz com que a indústria brasileira reduza os seus preços para competir no mercado'', observa Montanari. Segundo ele, porcelanatos que custavam entre R$ 70 e R$ 80 o metro quadrado podem ser encontrados a partir de R$ 20 ou R$ 30.

A presença de multinacionais no setor de materiais de construção, que concedem prazos longos para pagamento, também acaba forçando as empresas menores a melhorar o parcelamento. E quem sai ganhando é o consumidor. ''Há muitos consumidores que ainda preferem comprar em lojas pequenas, perto da sua casa, por causa do relacionamento, do contato no balcão'', diz Montanari.
Segundo o presidente da Fecomac, para quem planeja construir, a falta de mão de obra é um problema. ''Nós do comércio, junto com outras entidades, estamos envolvidos na discussão para a capacitação de novos profissionais'', afirma.


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