''Uma guerra entre a arquitetura e a pintura em que ambas saem gravemente feridas''. Essa frase pronunciada em 1959 pelo crítico de arte americano John Canaday confirmava a polêmica que o museu Solomon R. Guggenheim, projetado pelo lendário Frank Lloyd Wright, causou em sua inauguração na cidade de Nova York.
Uma fita branca enrolada sobre um cilindro, assim era a forma como o museu era descrito. Com 50 anos de história (o Guggenheim faz aniversário em abril), o museu mostra que sua modernidade se tornou ícone da arquitetura. O modelo que agradara a alguns e incomodara a muitos serviu e serve até hoje como inspiração para novos projetos em todo o mundo, inclusive em Londrina.
Vista aérea da rodoviária de Londrina: forma redonda lembra o famoso museu de Nova York
Segundo o arquiteto Christian Steagall Condé, o Guggenheim londrinense é o Terminal Rodoviário de Londrina. Seu formato remete à arquitetura orgânica do Form Follows Function (a forma segue a função), utilizada por Frank Lloyd Wright. Para Condé, a rodoviária de Londrina é bela, e em si sustentadora duma poderosissíma unidade. '' Em nada diferente do Salomon R. Guggenheim Museum''.
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O museu visto de dentro
A arquitetura interna do Guggenheim também causou polêmica há 50 anos atrás, com suas rampas visitáveis em formato de hélice. Para Wright, elas tinhas quatro funções fundamentais: ser simplesmente espetacular, causando frisson e admiração em todos que o visitassem; atuar com a função de rampa de acesso que facilita o fluxo de quem anda pelo local; desvendar aos admiradores o mistério das coleções que suas paredes abrigam; por último, exercer a quarta e mais notória função, o reconhecimento imediato, pelo formato de caracol que exibe.
O museu visto de fora e de dentro: a forma de caracol que incomodou a maioria das pessoas significou uma revolução na arquitetura da época