Economizar é palavra de ordem nos lares brasileiros, para não dizer mundiais. Os argumentos financeiros vêm sendo fortalecidos por questões ambientais, que pregam pela preservação dos recursos naturais e pela diminuição do descarte de materiais ''inservíveis'' diretos na natureza. Cada vez mais, o mercado se aprimora neste sentido, buscando oferecer produtos de maior durabilidade e com gastos menores de energia para obter rendimentos equivalentes ou, até mesmo, superiores aos de seus antecessores.
Acostumado a lidar com projetos que têm a economia como fator principal, o engenheiro eletricista, Brasil Alvim Versoza, elencou três pontos que devem ser levados em consideração quando o assunto é economia doméstica ou empresarial: aquecimento de água, iluminação e condicionamento de ar. Quando esses elementos não são estudados e seus rendimentos levados em consideração, o investimento, que inicialmente poderia sair barato, acaba se convertendo em altos custos mensais com a utilização prolongada.
Não restam dúvidas de que o aquecimento de água por vias solares é o mais indicado, tanto pelos fatores financeiros como ambientais, por se utilizar de fonte de energia abundante e gratuita fornecida pela natureza. O investimento inicial, apesar de pesar sobre o orçamento, é facilmente dedutível com a economia proveniente na conta de luz no decorrer dos meses. Como sugestão, o engenheiro indica a sua utilização combinada com a de um termo controlador digital, que possibilita programar os horários de maior necessidade pela água quente. ''O termo controlador digital entra em ação nos horários programados em que a água quente é mais solicitada. Desta forma, evita-se o uso do sistema de apoio (elétrico ou a gás), que acaba sendo acionado quando a temperatura do ambiente abaixa e o sistema solar não consegue garantir o aquecimento rapidamente'', explica.
Versoza faz uso do equipamento em sua casa e já pôde perceber uma economia considerável no consumo de energia de sua família, que é composta por seis pessoas, em comparação ao consumo registrado pelos moradores anteriores da mesma casa, que eram em menor número e apesar de fazerem uso do sistema solar não dispunham o termo controlador. ''A diferença na conta é de R$ 200'', calcula.
A iluminação também requer atenção especial. A substituição das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes é mais do que indicada. Além de ter maior durabilidade, as lâmpadas fluorescentes utilizam-se de menos energia para gerar maior capacidade de iluminação. Enquanto uma lâmpada fluorescente dura 10 mil horas, a incandescente atinge somente as mil horas. Ou seja, é preciso trocar dez vezes uma lâmpada incandescente no período em que funciona uma única lâmpada fluorescente. ''Esse fator já poderia ser o suficiente para estimular o seu consumo, mesmo sabendo que a fluorescente é mais cara do que a incandescente. Mas no final das contas, a pessoa vai acabar gastando o mesmo valor pois terá que comprar 10 incandescentes a R$ 1,50 no período que funcionaria a mesma fluorescente comprada por R$ 15'', explica.
Outra vantagem das lâmpadas fluorescentes está na sua eficiência. Por ser uma lâmpada de baixo consumo, ela utiliza menor carga elétrica para gerar uma iluminação de melhor qualidade. Enquanto uma lâmpada incandescente de 100 watts gera mil lumens, uma lâmpada fluorescente de 32 watts é capaz de gerar 2700 lumens. A lâmpada incandescente é tão desvantajosa que em alguns países chega a ser proibida.
A inovação no setor de iluminação é vista com o lançamento das lâmpadas LED, feita com uma tecnologia diferenciada capaz de transformar toda a energia consumida em luz e não em calor. ''Ela não esquenta de forma alguma, mesmo ficando horas ligada'', comprova Versoza. Uma lâmpada LED de apenas 2 watts dura 50 mil horas e gera uma iluminação comparável a de uma incandescente de 20 watts.