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Garrafas de murano ganham status de luxo na decoração

31 dez 1969 às 21:33

A moda está sempre em busca de novos visuais, grafismos e estamparias para se renovar. Na arquitetura e decoração não poderia ser diferente, como mostra a nova coleção de garrafas de luxo da Cristais São Marcos. Confeccionadas a partir da milenar técnica italiana, as peças de Murano ganharam destaque pelas cores vibrantes e inconfundível design artesanal.

Produzidas a partir da arte que molda o vidro por meio do sopro e de movimentos manuais, as garrafas de Murano dão um toque elegante e sofisticado aos ambientes. Ideais para adornar cozinhas, salas de visitas e até banheiros, os produtos apresentam uma fina camada de vidro transparente que abriga uma massa de traços inusitados com múltiplas justaposições de cores, mesclando tons de âmbar e vermelho com leitoso, ferrugem, alaranjado e cristal.


Com contornos marcantes, a linha Molinari design apresenta ainda sugestões de garrafas com um quarteto nas cores amarela, branca, vermelha e preta. Com a base larga e redonda, os modelos têm pescoço comprido e fino, e a tampa redonda menor combina com a base arredondada. Na seqüência, a dupla de garrafas amarelas guarda espaço na parte superior para um mix de cores como o marfim, marrom, laranja e o vermelho, que está presente também na parte interna da boca com um anel na cor preta. O modelo bicolor proporciona um conforto visual sem igual.


O status de luxo das garrafas de Murano é conferido pelo método 100% artesanal que cada peça é feita. O processo começa com a fusão das matérias-primas que originam uma massa incandescente e transparente. Para a obtenção das cores, são acrescentados diversos óxidos à fórmula original. Estes por sua vez ganham vida nas mãos dos artesões-vidreiros quando as formas longilíneas começam a aparecer. O espetáculo dura entre cinco e sete minutos no máximo, pois os artistas precisam finalizar o design do artefato antes que o vidro endureça.


História do vidro Murano


A descoberta do vidro é atribuída aos navegadores fenícios quando eles ascenderam suas fogueiras às margens do Rio Belus e o calor fundiu a areia da praia com pedaços de natrão (carbonato de sódio natural, que eles usavam para tingir lã) que foram usados como apoio para esquentar os cozidos. O que se sabe ao certo é que sírios, fenícios e babilônios já trabalhavam com vidro há 4.000 a.C.


Porém, a aplicação do vidro como recipiente para armazenamento surgiu por volta de 1.500 a.C com os egípcios, que usaram o material como embalagem para cosméticos. O uso cotidiano se deu em 100 a.C. com a invenção do tubo de sopro pelos fenícios (novamente) e a massificação dos objetos cristalinos pelo Império Romano nesta mesma época.


Durante a Idade Média, Veneza passou a ser o centro de desenvolvimento do vidro, ganhando tal importância econômica que o Estado italiano chegou a proibir artesões estrangeiros na cidade e posteriormente transferiu toda a produção vidreira para a Ilha de Murano, em 1291. O objetivo era manter em segredo as formulas e técnicas secretas, transmitidas apenas de pai para filho.


No Brasil, a arte italiana teve origem com a chegada do italiano Aldo Bonara em Poços de Caldas/MG, na década de 50, que utilizou a estrutura de uma fabrica de vidro desativado para criar as primeiras peças nacionais no estilo Murano. Foi nesta mesma época que a família Molinari teve contato com a arte italiana.


Ainda muito jovens, Antonio Carlos (11) e Paulo (8) Molinari passaram por todos os setores da fabrica e logo começaram a produzir pequenos bichinhos e peças simples, consagrando-se como sucessores do mestre italiano e os primeiros mestres-vidreiros brasileiros.


Com o ensinamento "secreto" da arte do Murano e a ajuda de familiares, eles fundaram a primeira empresa nacional, a Cristais São Marcos (1962), que hoje goza dos status de referência em vidro artesanais de Murano e maior fabricante deste tipo de artefato na América Latina, produzindo seis toneladas de produto acabado por dia.

O renome mundial foi conquistado em 2007, quando foram exportados quase 3 mil peças da Cristais São Marcos para a Itália. Além do berço mundial do Murano, a empresa exporta seus produtos para mais 26 países: África do Sul, Alemanha, Angola, Argentina, Bahrain, Bolívia, Canadá, Chipre, Colômbia, Costa Rica, Egito, Emirados Árabes Unidos, Grécia, Guatemala, Hungria, Ilhas Canárias, Índia, Israel, Japão, Panamá, Paraguai, Portugal, Suíça, U.S.A., Uruguai e Venezuela.


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