Para ter uma vida boa, não é preciso uma casa grande nem muitos móveis. Pelo contrário. Talvez você tenha um cotidiano mais fácil depois de limpar sua casa de alguns objetos e mudar-se para um local menor. É isso que defende o arquiteto canadense Graham Hill, fundador da Life Edited, uma empresa de design para quem mora em espaços pequenos. "Estamos confundindo espaços grandes com qualidade de vida", resume o profissional, que vive em um imóvel de 39 m², em Nova York.
O próprio Hill aprendeu a viver com pouco depois de ter tudo em excesso. Bem-sucedido aos 30 anos, o arquiteto comprou um casarão e um loft descolado nos Estados Unidos. depois equipou os imóveis com todo tipo de móveis e eletro-eletrônicos que sempre quis. Mas logo descobriu que novidades perdiam rapidamente a graça e exigiam constante energia para mantê-las e gerenciá-las. Para completar, constatou que podia ser feliz viajando ao lado de sua namorada, levando apenas roupas, laptops e produtos de higiene.
Quando o namoro acabou, ele resolveu simplificar sua vida. Vendeu a casa e se mudou para um apartamento de 39 m², em Nova York. No espaço, trabalha e recebe até doze amigos. O apartamento teve tanta atenção da imprensa que Hill abriu a Life Edited.
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Para ajudar quem vive 'lutando' contra a falta de espaço, o especialista listou os cinco maiores erros de quem mora em apartamentos pequenos. Anote as orientações:
1. Não planejar a casa de acordo com suas necessidades
Faça escolhas. "Você precisa decidir o que é mais importante para você", diz Hill. Reflita sobre seu estilo de vida e escolha quais objetos vale à pena manter e quais funções a casa deve comportar. Se você não souber suas reais necessidades, perderá espaço e qualidade de vida.
2. Comprar por impulso
Antes de comprar, pergunte-se se realmente precisa do objeto. E se a necessidade for emocional? "Você precisa mudar essa necessidade, caso vá viver em um espaço pequeno", afirma o arquiteto. Quem compra tudo que vê pela frente acaba disputando o espaço de circulação com móveis e objetos.
3. Manter eletrodomésticos pouco usados
Não vale a pena comprar eletrodomésticos que usará poucas vezes durante o ano. A não ser que você seja aficionado por massas resista à tentação de ter uma máquina de fazer pães. A mesma regra vale para a máquina de fazer pipoca, sorvete ou crepes. Dependendo do seu estilo de vida, vale à pena abrir mão até do forno! Para compensar a falta desses equipamentos abuse da infra-estrutura e comércio do seu bairro. Em vez de gastar espaço, use serviços como rotisserias e padarias.
4. Exagerar no número de estantes abertas
Prateleiras abertas e preenchidas com objetos coloridos tornam o ambiente visualmente pesado. Elas diminuem a sensação de amplitude – por isso, dose-as bem. "Superfícies lisas tornam o ambiente menos claustrofóbico", ensina Hill. Por isso, prefira armários com portas de cores claras e sem estampas.
5. Abusar das luminárias de chão
Essas peças costumam roubar preciosos centímetros quadrados e, com frequência precisam de mais espaço para ser admiradas. Adote lâmpadas no forro, como as embutidas e os spots (pequenos canhões de luz), que também permitem criar ambientes de iluminação variados. (Fonte: Casa Abril)