Notícias

Construções mais limpas e de bem com o ambiente

31 dez 1969 às 21:33

Em resposta às necessidades da indústria da construção civil de Curitiba, o Senai está capacitando profissionais do setor a desenvolverem projetos de gerenciamento de resíduos antes mesmo do ínicio de cada obra. Em 2007, 16 construtoras foram atendidas pela unidade CIC/Cetsam (Centro Nacional de Tecnologia em Saneamento e Meio Ambiente) do Senai, e em 2008 foram 11 as empresas com profissionais em treinamento.

''A separação dos resíduos começa no canteiro de obras. Assim muitos resíduos podem ser reaproveitados ali mesmo. E pouco acaba virando lixo'', explica Carlos Waltrick, consultor técnico em negócios para a área de saneamento e meio ambiente do Senai. Segundo ele, a capacitação acontece na prática. ''Trabalhamos com grupos, mesclando reuniões técnicas sobre os processos que envolvem os resíduos, como o acondicionamento, transporte e destinação, com orientações sobre como fazer o projeto'', diz.


Para o empresário Tiago Colaço Guetter, que iniciou o treinamento de sua equipe ano passado, a capacitação do Senai também conscientiza os funcionários a atuarem de forma ambientalmente correta. ''Com o tempo essa cultura fará parte da rotina de trabalho'', considera.


A capacitação do Senai integra o projeto Construindo o Futuro, lançado em 2005 pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Sinduscon e Sebrae. O projeto objetiva incentivar as melhores práticas nas pequenas empresas do setor.


Legislação


As legislações federal e municipal estão levando as empresas da construção civil de Curitiba a desenvolver projetos de gerenciamento de resíduos. A resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2002, determina que as prefeituras estarão proibidas de receber os resíduos de construção e demolição no aterro sanitário. Cada município deverá ter um plano integrado de gerenciamento de resíduos da construção civil.


O Decreto Municipal nº 1068, de 2004, visa minimizar a geração de resíduos produzidos na construção civil e promover a reutilização, reciclagem e a destinação final apropriada dos materiais.


''A legislação especifica e divide os resíduos em classes de acordo com a destinação apropriada que devem ter e isso deve ser detalhado no projeto'', afirma o consultor do Senai. Segundo Waltrick, por falta de uma classificação específica os resíduos eram, muitas vezes, misturados e acabavam indo para um aterro comum.


''Toda empresa séria se preocupa em não gerar resíduos, tanto pela questão ambiental quanto pela econômica. A legislação faz com que mais empresas busquem a racionalização na construção e pensem em possibilidades de redução do uso de água e de madeira, por exemplo, desde o começo do projeto'', observa o empresário Tiago Guetter.

Serviço:
Mais informações pelo telefone: (41) 3271-7188.


Continue lendo