O PIB (Produto Interno Bruto da construção civil brasileira deverá crescer cerca de 1% em 2009 e 8,8% em 2010. As previsões foram anunciadas pelo presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, em entrevista coletiva à imprensa, em 2 de dezembro, com a participação do diretor de Economia do sindicato, Eduardo Zaidan, e da consultora da FGV (Fundação Getulio Vargas), Ana Maria Castelo.
Vários indicadores sustentam estes prognósticos. O mais expressivo é o do nível de emprego da construção brasileira, que cresceu 7,3% no período janeiro-setembro de 2009, comparado ao mesmo período de 2008. Ao final de setembro, havia 2,297 milhões de trabalhadores com carteira assinada na construção civil, 212 mil dos quais contratados nos primeiros nove meses do ano.
"O crescimento da construção em 2010 será comandado pela ampliação dos investimentos públicos e privados", afirmou o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe. Segundo ele, espera-se um taxa de investimento em torno de 20% do PIB: as inversões crescerão de R$ 476 bilhões para R$ 625 bilhões. "Os setores que receberão mais recursos serão o imobiliário residencial e o energético; os investimentos imobiliários deverão passar de R$ 170 bilhões em 2009 para R$ 202 bilhões em 2010", disse.
O impacto desta expansão deverá se refletir em novo aumento no nível de emprego na construção civil. "A expectativa é de que os postos de trabalho com carteira assinada no setor cresçam 8% em 2010. Isto significa que deveremos chegar a cerca de 2,4 milhões de empregos formais no ano que vem."
Otimismo - As expectativas dos empresários da construção civil com relação ao desempenho de suas empresas é otimista, de acordo com os resultados da 41ª Sondagem Nacional da Construção, realizada pelo SindusCon-SP e pela FGV em novembro.
Segundo o diretor de Economia, Eduardo Zaidan, a sondagem mostrou que passou o susto provocado pela crise financeira internacional. Os empresários mostraram-se satisfeitos com o desempenho atual das construtoras e revelaram uma expectativa futura ainda melhor. A inflação não foi identificada como um problema premente, mas a preocupação com os custos setoriais voltou a crescer.
Os empresários acreditam que o crédito imobiliário crescerá, bem como a captação das empresas no mercado de capitais. Avaliaram que o número de lançamentos imobiliários aumentará, com destaque para empreendimentos voltados para as famílias de média e de baixa renda, também impulsionados pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. E disseram esperar aumento dos investimentos em infraestrutura em 2010, um ano eleitoral.
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