Com os espaços cada vez mais enxutos e compactos, os ambientes das casas contemporâneas pedem mobiliário multifuncional com design direto. Aí pode acontecer de surgir a dúvida: o que fazer com aquela cômoda que é praticamente uma relíquia da família? Com aqueles gavetões, entalhes e desenhos às vezes extravagantes, essas peças não são fáceis de combinar em qualquer lugar. Porém arquitetos estão utilizando o móvel em projetos de interiores nos mais diversos espaços. ''É uma maneira de usar aquele móvel de família. Em uma sala de jantar, por exemplo, a cômoda pode ter a função de um aparador, onde serão guardadas as toalhas e os apoios de mesa'', explica o arquiteto Marcio Koga.
Entre os modelos de cômodas estão as bombês, cujas formas são arredondadas e pertecem ao estilo clássico. As versões com marchetaria são ainda mais luxuosas e incrementam o móvel. Segundo a arquiteta Larissa Weffort, as cômodas podem ser as protagonistas em halls de entrada ou em ambientes como salas. Nesses casos a sugestão é guardar fotografias e documentos, já que por definição uma cômoda é um armário baixo com gavetas.
Há também peças tradicionais com linhas retas e formato retangular, muito usadas antigamente em quartos de crianças e bebês. Se a vontade for de reaproveitar a cômoda, o revestimento em laca ou a pintura feita à mão pode dar uma segunda chance ao móvel. Outra dica é trocar os puxadores por modelos mais modernos. ''São peças que contam história. Vale a pena combiná-los. Hoje há opções de acabamento feito em laca com variadas cores e texturas'', ressalta Larissa.
Para usá-las nos quartos, é necessário tomar cuidado com a proporção. Para Koga, nos dormitórios menores seu uso é desaconselhável, pois são móveis que exigem mais espaço.
A cômoda francesa é o destaque do ambiente da Sierra Studio. O móvel tem detalhes em bronze envelhecido, tampo de mármore travertino e desenhos em marquetaria.
Peça ideal para decorar o hall de entrada. O preto reina absoluto nesta cômoda da Sierra. Feito de mogno maciço e mármore preto, o móvel foi entalhado à mão.
Cômoda Ivy, de madeira com MDF, da Póli Decor. Na parte de trás o acabamento em laca alto brilho é o mesmo. As gavetas são pintadas de roxo no interior.
Cedro rosa, detalhes em marchetaria e tampo de mármore marrom imperador são as marcas da cômoda bombê nacional, da Formiline para a Deep Interiores.
As nove gavetas fazem da cômoda Cleópatra, da FG Home, uma peça bastante funcional. Em madeira maciça ebanizada, os puxadores e os detalhes dos pés são de latão fundido.