A 8ª Bienal Internacional de Arquitetura (BIA) já tem data marcada e diversos eventos programados para acontecer durante sua realização. Ela acontece de 31 de outubro a 6 de dezembro de 2009 no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera.
A temática, Ecos Urbanos, é uma alusão direta à proposta desta edição sobre as grandes transformações dos centros urbanos e metropolitanos que sediam eventos de porte internacional. Na palavra ECOS, a sigla de Espacialidade, Conectividade, Originalidade e Sustentabilidade – os quatro eixos que norteiam o conceito dessas mudanças, como explica seu curador geral, o Arquiteto Bruno Roberto Padovano. Ele conta com o apoio de mais de vinte curadores para ações específicas.
Bons exemplos são as cidades que já receberam EXPOS mundiais, Olimpíadas ou Copas do Mundo de futebol. De olho no certame de 2014, uma das propostas da 8ª BIA é justamente discutir os estádios e as melhorias urbanísticas que as cidades-sede oferecem ou pretendem edificar até lá. "Esses megaeventos possibilitam que os governos, em suas três esferas e com parceria da iniciativa privada, processos de qualificação urbana, tanto nos aspectos ambientais quanto sociais, econômicos, culturais e espaciais", pondera Padovano.
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Bons exemplos não faltam. Outras cidades, como Barcelona, Lisboa e Milão, reúnem um conjunto rico de experiências arquitetônicas e urbanísticas a partir do instante em que sediam grandes eventos. A escolha do Brasil como sede da Copa de 2014 suscita um debate muito mais amplo que o esportivo: a reboque, chegam ao cidadão outras importantes benfeitorias, do planejamento urbano até a arquitetura de novos edifícios, iluminação, mobiliário urbano, interiores e paisagismo de espaços públicos e privados, construção de uma nova estrutura urbana e metropolitana e soluções, enfim, que se baseiem nas inovações espaciais, na conectividade e na originalidade, com o objetivo de propor um futuro sustentável para a humanidade.
Objetivos
Um dos principais objetivos da 8ª BIA é democratizar-se, tornar-se próxima do cidadão, da sua realidade, mostrando a ele o quanto a arquitetura e o urbanismo interferem no seu cotidiano. Além de estudar valores mais acessíveis para o ingresso, os organizadores pretendem derrubar o mito de que o evento é elitista. "Vamos convidar toda a imprensa a discutir um evento que não é só para arquitetos. É para todos", conclama a presidente do IAB-SP, arquiteta Rosana Ferrari.
Não faltarão atrativos para as visitas e participação do público. Além do conteúdo coletivo – a produção intelectual, artística e técnica dos arquitetos urbanistas em busca de um futuro sustentável para as cidades e o planeta –, a 8ª BIA pretende ofertar um espaço de produção para mostrar o que esses profissionais propõem, sempre dentro de uma cultura de sustentabilidade.
Não há limite para o número de trabalhos inscritos, ou qualquer restrição quanto ao número de autores. É prática da BIA reunir, em um grupo, a chamada produção nacional, e em outro, a internacional. Para este ano, a universalidade da arquitetura e do urbanismo estará presente nessa divisão: de um lado estarão projetos desenvolvidos em solo brasileiro; de outro, os desenvolvidos em outro país. Isso quer dizer que um arquiteto pode inscrever-se nas duas exposições. Estão previstas premiações nas duas modalidades: obra e projeto.
Eventos
Doze Workshops estão programados ao longo da Bienal, cujos temas estão sendo agendados por equipe multidisciplinar do IAB-SP com foco em qualificação urbana e se destinam a público específico. No subsolo, o auditório será destinado a fórum de debates, incluindo aí o material produzido nos workshops.
A 8ª BIA contará com uma área destinada à EXPO BRASIL, no térreo elevado, com no mínimo 50 trabalhos (25 de obras e 25 de projetos), selecionados por um júri composto por 27 indicados pelos departamentos do IAB. Esses trabalhos concorrerão aos prêmios convencionais. Dois trabalhos ainda disputarão reconhecimentos especiais: o Grande Prêmio da Bienal Internacional de Arquitetura – Joaquim Guedes, para o melhor trabalho urbanístico, e o Grande Prêmio da Bienal Internacional de Arquitetura – Paulo Mendes da Rocha, para o melhor trabalho arquitetônico.
Já a Exposição Internacional terá lugar com no mínimo 50 trabalhos oriundos de países que compõem a União Internacional de Arquitetos (UIA), selecionados por júri internacional indicado pela UIA e que concorrerão a prêmios similares aos das categorias nacionais. Neste espaço, destaque para a exposição com a experiência de 12 cidades ou países que receberam megaeventos ou estiveram no processo de realizá-los, com especial destaque à Alemanha: o país ocupará nada menos que 400 m² de mostra individual.
As cerimônias de abertura e encerramento, segundo os organizadores, devem ocupar o Auditório Ibirapuera, o que dá à 8ª BIA uma visão diferenciada sobre como ocupar os equipamentos urbanos para falar de urbanidade e cidadania.