Em meio à atual crise hídrica que a região Sudeste enfrenta, muitas pessoas incorporaram em sua rotina novas medidas para evitar o desperdício de água. Uma delas é o armazenamento da água da chuva, utilizando cisternas caseiras ou outros recipientes, como baldes, tambores e bacias. O que muitos desconhecem é que a água captada da chuva precisa ser tratada com cloro, uma vez que a chuva carrega consigo o que está na atmosfera, ou seja, poluição e elementos contaminantes. Além disso, essas partículas muitas vezes contêm vírus e bactérias que podem ocasionar graves problemas à saúde.
Manter a boa qualidade da água armazenada requer uma atenção especial. Matérias orgânicas, como folhas, troncos, fezes de pássaros, insetos e sujeiras, devem ser impedidas de entrar no recipiente coletor. Um filtro (tela de mosqueteiro, por exemplo) já ajudará a reter os sólidos maiores, como pedras e folhas. Em um segundo processo, a água deverá ser tratada com cloro, que evitará a proliferação de doenças como a dengue, a febre chikungunya – que também é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e o surgimento de lodo. É importante ressaltar que a água proveniente da chuva, mesmo que tratada, não pode ser consumida ou utilizada para preparação de alimentos, em virtude da sua origem.
Para Ronaldo Vieira, químico da Hidroazul, empresa fabricante de produtos para tratamento de água, o processo descrito acima é uma maneira eficaz para manter a água tratada a longo prazo. "É importante se atentar aos procedimentos corretos para deixar a água própria para reuso. O processo de cloração, além de eliminar larvas e evitar a proliferação de doenças, também contribui para que a água possa ficar armazenada durante anos, com necessidade apenas de realizar o processo periodicamente".
Veja dicas básicas para manter a água armazenada em boa qualidade para uso:
- Reservatório de 100 litros – meia colher de chá de cloro.
- Reservatório de 50 litros – ¼ da colher de chá de cloro.