A grama é um importante elemento estético de jardins, praças e parques. Mas para que ela esteja sempre verde e bonita alguns cuidados são imprescindíveis. Afinal, é um elemento decorativo visto como acabamento final do projeto e é responsável pela impressão de amplitude e pela proteção do solo.
"Podemos fazer um paralelo da grama com o tapete usado na decoração. É a forração que mais suporta o pisoteio", salienta a paisagista Erly Hooper. A profissional lembra que o ideal é gramar o terreno somente após o término do projeto para evitar estragos e ensina: "Para manter a grama sempre verde é indicado adubação periódica de substrato de adubo químico a cada seis meses e constante irrigação".
Em relação à grama utilizada nos espaços públicos, Erly faz uma observação curiosa. No Brasil, principalmente em Belo Horizonte, na maioria dos parques é vedada a utilização das áreas gramadas, orientação contrária a dos parques americanos e europeus, nos quais os cidadãos utilizam essa área para recreação.
Segundo a profissional, a grama utilizada aqui, a Esmeralda; para sol intenso, e São Carlos; para meia sombra, são as mesmas empregadas no exterior e possuem a mesma resistência. As regras de utilização, portanto, são diferentes por questões culturais.
A paisagista, porém, defende a recreação em áreas gramadas. "Estender um lenço numa grama e fazer um piquenique civilizado não vai estragar nada". Mas chama a atenção para um comportamento que, infelizmente, danifica as áreas públicas, não apenas gramas de parques e praças.
"O fato de aqui no Brasil não se poder usar a grama está ligado à educação, ou melhor, à falta dela. Como as pessoas não têm cuidado com o espaço público, o caminho mais fácil para se manter um bem conservado é a proibição de uso. Na Europa, os jardins, parques públicos são vistos como extensão da casa. Aqui, ainda não temos essa mentalidade", lamenta.