Dicas

Estudantes criam dispositivo que usa planta para carregar celular

08 set 2015 às 10:19

Um dispositivo criado por três jovens engenheiras do Chile só precisa de uma planta bem cuidada para obter energia suficiente para recarregar baterias e vem sendo considerado uma alternativa sustentável aos usuários de smartphones e tablets. Por mais inverossímil que pareça, na prática, é preciso "ligar" o dispositivo enterrando-o em um vaso ou canteiro.

Batizado de "E-Kaia", a ferramenta ainda está em processo de registro de patente, e suas criadoras não revelam muitos detalhes de seu funcionamento. Mas mesmo com tantos segredos, a engenheira industrial Carolina Guerrero, a engenheira de computação Camila Rupish e a engenheira eletrônica Evelyn Aravena conseguiram provar a eficiência da invenção.


O mecanismo funciona como um circuito que gera cinco volts e 600 miliamperes e se conecta ao celular ou tablet por meio de um cabo USB. Durante o processo de fotossíntese, a planta produz matéria orgânica que transforma energia da luz em energia química. Ao redor das raízes, os micro-organismos se encarregam de processar essa energia que a planta utiliza para crescer e também para gerar elétrons como produtos secundários.


O dispositivo captura os elétrons que a planta não precisa, e por isso ela não é afetada, para gerar a energia que o equipamento precisa. Isso permite que em uma hora e meia seja possível dar uma carga completa em um celular ou em um tablet. Evelyn Aravena afirmou à imprensa local que "a ideia agora é deixar o dispositivo mais bonito, para torná-lo mais comercializável e também para que fosse portátil e resistente".


Divulgação/ E-Kaia


A ideia nasceu em 2009, quando as três estavam na universidade. Com o projeto, elas ganharam um prêmio de inovação do governo chileno, em 2014. E também foram semifinalistas no concurso The International Business Model Competition, organizado por universidades de ponta americanas, como Harvard e Stanford.

O custo de venda do carregador chileno ainda não foi calculado, mas as engenheiras já estão pesquisando materiais mais econômicos para produzi-lo. O protótipo custou US$ 504 (R$ 1.850), um valor inacessível para a maior parte desse mercado. A ideia é dar início a uma produção pequena, para gerar recursos e, depois, realizar um projeto em grande escala.
(Com informações BBC Mundo)


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