Na tarefa diária de limpeza do lar, o banheiro é uma das maiores preocupações. Afinal, trata-se de um dos lugares com maior potencial de proliferação de micro-organismos, merecendo sempre muita atenção de quem cuida da casa. Para saber como eliminar essas ameaças à saúde da sua família, o Portal Vital/Unilever conversou com o biomédico Roberto Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria. Ele listou algumas dicas que vão ajudá-lo a não descuidar da higiene desse ambiente. Confira:
Bolor
Para evitar o acúmulo de umidade no banheiro, o ideal é tomar banho com a janela sempre aberta e só fechá-la mais ou menos uma hora depois. Se o problema já tiver se instalado, é importante rever a ventilação do cômodo e checar se o encanamento necessita de reparos.
Dica: Ao limpar superfícies com bolor, o ideal é jogar à base de cloro-gel na área e deixar de molho de 5 a 10 minutos, verificando sempre as recomendações do fabricante no rótulo antes de usar. A mudança de cor significa que o bolor foi eliminado e que você já pode retirar o produto.
"Nunca passe pano antes de aplicar o produto ou de a cor mudar. Primeiro, você tem que ‘matar’ o bolor", ensina Figueiredo. Se o "inimigo" insistir em aparecer na mesma área, repita a técnica uma vez por semana.
Ralos
Um bom indicativo de que o ralo precisa de uma limpeza mais intensa é o aparecimento daquelas mosquinhas de banheiro, chamadas Drain Fly.
"Quando tomamos banho, perdemos uma gordura natural do corpo, que fica no dreno como uma ‘geleia’. Nela existem bactérias que servem de alimento para as larvas da mosca. Então, se esse inseto aparecer é porque já passou da hora de lavar o ralo", recomenda Figueiredo.
Como fazer: tire o tampão e, com uma luva, esfregue o dreno com água morna, uma escova cumprida e sabão. Depois, enxágue com água bem quente. Por fim, jogue no local uma solução de um copo de cloro-gel e um copo de água. "Ao fazer esse procedimento uma vez por mês, as moscas não voltam mais", garante.
Vaso sanitário
Muita atenção para o principal foco de contaminação. Aplique o cloro-gel na parte interna do vaso e deixe o produto escorrendo para eliminar os micro-organismos.
Descarga
Nunca aperte a descarga com a tampa do vaso aberta. "Isso levanta um spray que fica por duas horas ‘rodando’ pelo banheiro e carregando bactérias fecais", explica o biomédico. Segundo ele, para se ter uma ideia, se essa experiência fosse feita ao ar livre, as bactérias fecais poderiam atingir seis metros de altura! "E elas podem, inclusive, cair na escova de dentes – se esta estiver na pia", avisa.
Piso
O procedimento é bem parecido com o do vaso sanitário. Dilua o cloro-gel em um balde com água e use um pano e um rodo para melhor aplicação. Assim, você conseguirá a limpeza e também a desinfecção.
Toalhas
A toalha de rosto precisa ser trocada todos os dias, uma vez que é usada por diversas pessoas. Já a de banho, a cada dois dias. O ideal é também trocar diariamente os tapetes do banheiro.
Escova de dentes
A primeira dica importante é a frequência com que a escova de dentes deve ser trocada. Para os adultos, recomenda-se a cada dois ou três meses, no máximo. "No caso das crianças, esse prazo cai para um mês, porque os pequenos costumam mastigar a escova", afirma o especialista.
Anote aí: não guarde a escova na posição horizontal, dentro de armários ou gavetas, por exemplo. "O certo é colocá-las em um copo, com as cerdas para cima, de forma que umas não encoste nas cerdas das outras. Nunca guarde em caixinhas fechadas! Guarde o copo em um local fechado, mas que não seja abafado", ensina.
Uma boa ideia para desinfetar a escova de dentes é "mandar preparar, em uma farmácia de manipulação, uma solução de gluconato de clorexidina a 0,12%. Depois de escovar os dentes, dê uma batidinha na escova, passe essa solução e guarde".
Sabonete
Figueiredo explica que o primeiro erro que as pessoas cometem é achar que o sabão não pode ser um foco de contaminação. "Os médicos falam que, em caso de mordida de cachorro ou ferimentos, você deve primeiro lavar o local com água e bastante sabão. Então, a pessoa acha – equivocadamente – que se trata de um antisséptico. Eles só dão essa orientação para que toda a sujeira seja removida, pois ela contém micro-organismos que podem agravar a situação", explica. Em outras palavras, se existirem micro-organismos no sabão, eles podem ser transferidos entre as pessoas da casa.
Para se prevenir, o ideal é usar sabonetes líquidos tanto na pia quanto no chuveiro. "Pode-se usar o sabonete em barra no banho, desde que, no finalzinho, você ‘gaste’ o sabonete debaixo do chuveiro", recomenda.
Esponja
"Não há problema em usar esponjas, desde que cada um tenha a sua", comenta o biomédico. Elas são encontradas no mercado em diversas cores. Isso facilita que cada membro da família tenha uma e reconheça a sua na hora do banho. Lembre-se também de trocá-las a cada 15 dias.
Roupas íntimas
Não é indicado pendurar roupas íntimas no box do banheiro. As bactérias liberadas com a descarga podem ir para as peças, causando infecções vaginais.
Cestos de papel
Devem ser limpos regularmente, assim como todo o banheiro. E atenção: os modelos abertos estão vetados! Prefira aqueles com tampas e mantenha-os sempre fechados.
Celular e tablets
Segundo o doutor, um celular possui mais micro-organismos do que uma sola de sapato. Por isso, para que contribuir com tanto potencial de contaminação? "Evite falar no celular no banheiro. Porque você está lá sentado com o celular, levanta, lava as mãos, mas e o celular? Depois, você sai e vai comer, coloca o celular na mesa...", adverte.
O avanço da tecnologia fez com que o profissional incluísse outro item na lista de recomendações. "Além do celular, muita gente leva tablets para o banheiro. Antigamente, a gente levava revistas, mas agora é a vez dos tablets. Não faça isso!".