Dicas

Alimentos da ceia oferecem risco de intoxicação para animais

29 dez 2014 às 09:43

Chocolates, panetones, frutas secas, castanhas e outras delícias tradicionais das ceias e almoços em família no final de ano podem ser perigosos para os animais de estimação. Essa grande oferta de alimentos aliada ao momento festivo e descontraído fazem desta uma época de grande incidência de intoxicação alimentar em pets. "Muitos pensam que basta orientar convidados a não oferecer alimentos, restos de comidas e ossos para os animais, mas grande parte dos casos é de cães mais novos ou curiosos, que furtam alimentos da mesa", afirma Marcelo Quinzani, diretor clínico do Pet Care.

O profissional explica que compartilhar o alimento é um habito ancestral e instintivo dos cães, por isso eles querem dividir este momento com seus donos. Mesmo assim, fazer o animal passar vontade não prejudica a saúde dele. "A dica é ter cuidado redobrado com os alimentos que ficam disponíveis e deixar algo permitido para eles, como biscoitos caninos, petiscos ou algumas frutas separadas caso eles tenham interesse pela comida", diz.


Os problemas decorrentes da intoxicação são inúmeros, muitos deles graves. Alimentos condimentados ou muito gordurosos, por exemplo, podem levar a vômitos e diarreia. Já os chocolates podem causar graves intoxicações, já que os cães possuem grande deficiência em metabolizar os seus componentes. Algumas frutas secas e castanhas podem levar a graves quadros de intoxicações. "A uva passa, por exemplo, pode causar lesão renal aguda em cães por conta das ingestão das sementes e a noz macadâmia pode causar paralisia muscular temporária se ingerida em excesso", salienta. Já os ossos e pedaços maiores de carnes podem levar a obstrução intestinal.


Os sintomas dependem muito do que foi ingerido, mas a maioria dos quadros de intoxicação apresenta sinais agudos dentro de pouco tempo. "Os mais comuns envolvem vômito, apatia, diarreia, dor abdominal e, às vezes, convulsões. Os sinais podem se acentuar, manifestando apatia intensa e perda de apetite", esclarece o Quinzani. Caso o animal apresente algum destes problemas, deve ser levado a veterinário. Porém, se dono tem a informação de que o animal consumiu um destes alimentos tóxicos, que podem inclusive levar o pet a óbito em poucas horas, deve procurar o veterinário imediatamente para os primeiros cuidados mesmo antes mesmo da manifestação dos sintomas.

O tratamento nos casos de intoxicação alimentar incluem medidas sintomáticas e no caso de vômitos, cólicas e diarreia, alguns animais precisam de soro e muitas vezes de internação. "Tratamentos específicos, lavagem gástrica, medicamentos injetáveis e indução ao vômito também são utilizados. Depois de controlados os sinais mais graves, muitos animais ainda vão para casa recebendo via oral medicamentos por alguns dias", comenta o veterinário.


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