Repleta de funcionalidade, a mesa de centro é um dos móveis essenciais nas salas de estar de casas e apartamentos, independentemente de tamanho. Além da funcionalidade – quem não gosta de ter um espaço para repousar um copo ou uma bandeja que servirá um convidado? –, a peça é muito bem-vinda para agregar beleza por sua estética combinada com os itens escolhidos para adorná-la.
Mas como não errar na decoração da mesa de centro? Quais objetos são mais adequados para a exposição no móvel? Para responder essas perguntas e acrescentar dicas fundamentais, um time de arquitetos: Karina Korn, à frente do escritório que leva seu nome, Renan Altera, da Altera Arquitetura e Patricia Penna, do Patricia Penna Arquitetura & Design, compartilham suas inspirações, baseadas nos projetos realizados e fazem sugestões de como garimpar aquilo que mais combina, dentro da proposta decorativa do ambiente.
o arquiteto Renan Altera apostou nos elementos naturais como forma de contrapor com o restante da decoração da sala.
O momento de escolher os itens da mesa de centro pode ser considerado o mais pessoal de todos na decoração da sala de estar. Normalmente, é nela que estarão exemplares dos livros preferidos, arranjos florais elaborados em vasos repletos de detalhes, objetos de design, obras de arte ou até mesmo aquela peça antiga, herdada da casa dos pais e avós, que transmite a afetividade só de olhá-la. As possibilidades são infinitas e podem seguir por caminhos que refletirão desde composições mais robustas até minimalistas, reverberando a essência e o estilo de vida do morador.
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Uma das premissas é pautar as escolhas na proporcionalidade, respeitando a área disponível na mesa de centro. Para o arquiteto Renan Altera, objetos menores costumam funcionar melhor nessa constituição. "Itens muito altos costumam não funcionar, pois é possível esbarrar e deixá-los cair. Neste caso, é melhor optar por livros, revistas, plantas de pequeno porte, como as suculentas e cactos, além das velas aromáticas, que costumam funcionar muito bem”, explica. De acordo com Karina Korn, a proposta do projeto e o conhecimento com relação aos gostos do seu cliente norteiam sua busca pelas peças, que não necessariamente precisam ser caras.
O próximo passo é disposição e, para tanto, a recomendação da arquiteta é testar. "Eu gosto muito de experimentar. Com a seleção em mãos, costumo dizer que é muito aprazível simular os efeitos que cada uma das peças concedem. Assim, nosso olhar consegue definir a combinação mais afinada para a mesa”, revela.
Os profissionais são enfáticos em afirmar que a decoração não deve apenas compor, mas sim revelar a identidade de quem habita o projeto. De forma geral, Renan diz que considera objetos que fazem parte do acervo pessoal do cliente à medida que estejam de acordo com os tons empregados na decoração, estética e dimensões. "Estabelecemos um olhar clínico para uma alquimia perfeita. Quem chega na sala de estar não pode se deparar com uma junção de vários elementos desconexos”, relativiza o arquiteto.
Estilos e tendências
Ambientes clássicos pedem mesas de centro mais sóbrias. Nestes casos, uma composição com vasos de cristais, flores, livro de arte e objetos vintage, que estejam na família por anos, costuma resultar em uma decoração elegante e primorosa.
Literatura de arte e vasos de cristal dão charme e leveza à esta mesa escura posicionada no living clássico da arquiteta Patricia Penna
Já os espaços mais contemporâneos e modernos permitem que o profissional de decoração ‘brinque’ mais com os elementos. "Temos um pouco mais de liberdade de criação”, declara Karina.
Nesse projeto de Karina Korn, o tabuleiro de xadrez decora a mesa de vidro, se revelando como um convite para uma boa partida entre os moradores
Entre as tendências para as mesas de centro estão as pequenas caixas organizadoras de madeira e os cordões decorativos produzidos em materiais naturais como cordas e discos de madeira. "O interessante desse espaço é que ele fique de acordo com a sua expectativa, a sua cara. Na minha casa, eu sempre mudo as coisas na mesa de centro, troco por outras que estão guardadas ou substituo quando trago algo especial de uma viagem. Mudo tudo de lugar, gosto dessa troca de energia”, finaliza Karina.
cordão que simula grandes correntes está alinhado com as cores das almofadas. Arquiteta Patricia Penna