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No litoral

Tamanduá-mirim é resgatado em residência e devolvido para a natureza no Paraná

AEN
26 jan 2025 às 17:37

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- Roberto Dziura JR./AEN
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Um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) resgatado em uma residência na tarde de sexta-feira (24) foi devolvido ao seu habitat natural neste sábado (25), nas proximidades do Parque Estadual do Rio da Onça, localizado na divisa entre os municípios litorâneos de Matinhos e Pontal do Paraná. A fêmea adulta, de 4,5 quilos, estava saudável e, após ser microchipada, pôde ser devolvida para a natureza. Foi a primeira “devolução” de um animal da espécie ao seu habitat neste ano.


O coordenador do Setor de Fauna do Escritório Regional do IAT (Instituto Água e Terra) do Litoral, Rafael Galvão da Silva, destacou que o animal silvestre passou por uma série de avaliações antes de ser liberado para soltura. “Nós tivemos um acionamento para resgate de um tamanduá-mirim, em uma residência próxima ao Parque Estadual do Rio da Onça. Ela acabou saindo da área de floresta e entrando nos fundos de uma residência. Fizemos uma avaliação técnica do animal e os procedimentos legais para poder realizar essa soltura”, explicou.

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Nesses casos, além da avaliação técnica, a equipe do IAT faz uma avaliação ambulatorial para verificar a saúde do bicho antes da soltura. Já a microchipagem serve para que o órgão saiba por onde ele anda, se ainda se encontra dentro do seu habitat, e serve também para registro, como se fosse uma espécie de CPF.

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O microchip também ajuda em caso de recaptura, em que o leitor indica, por exemplo, quantos anos se passaram entre as capturas e se aumentou de tamanho, contribuindo para a criação de programas e políticas públicas para incentivar o cuidado com a espécie.

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Tamanduá-mirim é encontrado em encanamento de casa em Arapongas
Tamanduá é encontrado em encanamento de casa em Arapongas

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O tamanduá-mirim é uma espécie que ocorre em todo o bioma da Mata Atlântica, na bacia amazônica e em um pedaço do leste da Bolívia e do Paraguai. “Diferente do tamanduá-bandeira, que estamos acostumados a ver andar pelo chão, principalmente no cerrado, esse é um animal quase 100% arborícola, então ele vai passar boa parte da sua vida no topo das árvores”, ressaltou Silva.

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As fêmeas podem ter até duas gestações por ano, com um filhote. Classificados tanto na lista paranaense quanto na lista nacional de ameaçados de extinção, a soltura do tamanduá-mirim e de outras espécies segue diversos parâmetros, principalmente na escolha do melhor habitat para o animal, que neste caso é justamente o parque, uma vez que ele foi encontrado nas proximidades.


“A gente tem certeza que esse animal estava aqui, então sempre iremos priorizar o habitat próximo do grupo que ele já está integrado, para não reintroduzir um animal fora do seu grupo. A distribuição desses animais, principalmente aqui no nosso bioma, é por conta da preservação que temos no nosso Litoral”, acrescentou o coordenador.

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Como proceder


Os municípios, juntamente com o Estado, são os responsáveis por resgatar e atender animais silvestres feridos ou que circulam em zona urbana ou periurbana. Caso encontre um animal em sua residência ou em áreas urbanas, o ideal é entrar em contato com as secretarias municipais de meio ambiente (ou órgãos similares da cidade) e passar o máximo de detalhes. A partir desta triagem é que o animal será resgatado.

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Se for um animal silvestre de menor porte e que não cause perigo, uma opção é deixar que o próprio bicho volte ao seu habitat natural. Mas se for um animal com elevado potencial agressivo e que seja uma ameaça à população, ou ainda que corra risco de morte, informe o Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde pelo número 181, o Corpo de Bombeiros pelo 193, ou o escritório regional do IAT mais próximo.


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Há, ainda, o telefone da gerência de Biodiversidade do IAT – (41) 3213-3830 –, o contato dos veterinários do setor – (41) 3213-3767 – e o WhatsApp – (41) 99554-3114. No Litoral, o telefone de contato é o (41) 97401-6701.

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