O ano deve marcar o retorno do pedágio nas rodovias que atravessam Londrina e a falta de regulamentação da nova tecnologia de cobrança entrou na pauta política.
A preocupação envolve a previsão de mudança do sistema tradicional para o free flow (fluxo livre), no qual as praças de pedágio dão lugar a pórtico com sensores que calculam a tarifa com base na quilometragem percorrida pelo veículo.
Sem nenhuma garantia de que os fluxos local e metropolitano nos trechos urbanos da BR-369 e na PR 445 sejam isentos no novo sistema, os deputados e os prefeitos estão se organizando para evitar surpresas desagradáveis.
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O receio é que a tecnologia avance durante o período de concessão e que os marcadores se multipliquem ao longo das vias, de tal modo que em qualquer trecho transitado, o motorista acabe sendo tarifado, inclusive nos novos contornos previstos, o Norte e o Leste.
A PR-445, que quando atravessa a cidade é chamada de Rodovia Celso Garcia Cid, foi incluída no Lote 3 do SIRP (Sistema Integrado de Rodovias do Paraná), já leiloado em dezembro e arrematado pela CCR.
A BR-369, nomeada Avenida Brasília no trecho urbano de Londrina, será incluída no Lote 4, cujo edital está sendo avaliado pelo TCU (Tribunal de Contas da União). A previsão é que o leilão deste lote seja feito no próximo semestre e que a cobrança comece ainda este ano.
“Entendemos que o sistema de cobrança de pedágio de livre passagem (free flow), o qual prevê a cobrança da tarifa de pedágio por meio de pórticos (pedágio eletrônico) instalados ao longo das rodovias, pode causar muitos problemas quando aplicado a trechos urbanos e conurbados”, diz um trecho do ofício da Assembleia Legislativa do Paraná enviado no dia 21 de janeiro ao diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), Rafael Vitale Rodrigues.
O documento é assinado pelos deputados Tercílio Turini (MDB), Luiz Claudio Romanelli e Evandro Araújo (ambos do PSD). E prossegue: “Certamente isso vai trazer impactos econômicos e sociais negativos para os moradores e usuários em um grande número de municípios onde as rodovias servem como avenidas ou meio de ligação entre regiões diferentes das cidades, recebendo tráfego intenso de veículos em deslocamentos internos”.
No ofício, os deputados reivindicam “critérios claros para a concessão de gratuidade a residentes das áreas diretamente afetadas pelas rodovias pedagiadas em trechos urbanos” e uma delimitação de áreas isentas em um raio de pelo menos 30 quilômetros fora do eixo urbano ou metropolitano, “permitindo diferenciar trechos de uso predominantemente local dos demais tipos de deslocamentos”.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: