A Prefeitura de Londrina vai subsidiar R$ 7,42 por refeição servida no Restaurante Popular Leonel Brizola, que recebe nova direção nesta quinta-feira (10). O local volta a operar na segunda-feira (14), já com a empresa Cassarotti, que venceu o atual pregão para operar o equipamento público, mas ficou fechado quinta e ficará também na sexta (11). O valor para cada consumidor vai se manter em R$ 3.
O contrato com a Sepat, que geria o Restaurante Popular desde 2019, foi encerrado com um subsídio por refeição de R$ 6,62, a um custo total de R$ 9,62 por refeição. Com o novo pregão, a Prefeitura de Londrina prevê gastar, por mês, até R$ 132.572. O valor anual fica um pouco acima de R$ 1,59 milhão.
Segundo a Diretora de Abastecimento da SMAA (Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento), Amanda Cristina Andrello Costa, a proposta vencedora proporcionou uma economia de cerca de R$ 250 mil em relação ao orçamento previsto no edital. “Essa empresa (Cassarotti) já geriu outros restaurantes populares e têm bastante atuação para alimentação de apenados”, cita a diretora.
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Ao assumir o restaurante, a empresa vai produzir entre 770 e 800 refeições por dia, em uma cozinha equipada pela administração municipal, ficando a seu encargo a compra de insumos, dos gêneros alimentícios, a produção e o servimento dos almoços.
No contrato atual, o número previsto de refeições é menor em relação ao antigo porque, ao fazer um estudo técnico para elaborar o edital, os técnicos da prefeitura verificaram que, em média, 770 a 800 pessoas são servidas por dia – a capacidade instalada permite atender até mil.
Comida acessível e para todos
O Restaurante Popular é um programa federal iniciado em 2003, dentro do Fome Zero, e visa garantir a segurança alimentar e dar acesso a uma alimentação balanceada, nutritiva e de qualidade para a população em geral. “Portanto, ele é de acesso universal e prioritariamente, para camadas da sociedade em situação de vulnerabilidade. Não é preciso inscrição em programas sociais para comer lá”, explica Amanda Costa.
Por ser um programa social, parte do custo da refeição é subsidiada pela administração municipal de onde o equipamento público está instalado - no caso de Londrina, a prefeitura completa o valor que ultrapassa os R$ 3 pagos pelo consumidor ou, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, custeia o valor total de quem não tem possibilidade de pagar, devido às condições de vulnerabilidade.
A remuneração da empresa é feita por refeições servidas, não pelo total contratado. Entretanto, o subsídio pode ser reajustado de acordo com necessidades de reequilíbrio econômico-financeiro, como inflação ou reajustes salariais da equipe devido a acordos coletivos de trabalho.
A gestão destes espaços é local para propiciar uma alimentação saudável e regionalizada, com insumos adquiridos da agricultura familiar local, além de ensinar as pessoas a se alimentarem. “A refeição preparada e a bandeja servida é balanceada. Vai ter a quantidade adequada de proteína, carboidratos, fibras, etc, com uma refeição de 1.400 calorias para que a pessoa fique nutrida”, afirma.
O espaço também tem atividades de educação alimentar. “Pegamos a data do ano, como a páscoa, e podemos abordar a importância do consumo de peixes”, exemplifica.
Costa ainda destaca o elo que o equipamento público gera com a região em que está implantado, como a regulação do valor das refeições em seu entorno. “E o local de implantação não é em vão. Está localizado em uma área de grande circulação de pessoas, justamente ao lado do Terminal Central”, afirma.
O Restaurante Popular Leonel Brizola oferece almoços de segunda a sexta-feira, das 11h às 14h, na rua Professor João Cândido, esquina com a avenida Leste-Oeste. A refeição custa R$ 3 e o caixa fornece troco máximo para R$ 20. Não são aceitos pagamentos com cartões ou via Pix.