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R$ 21,9 mil em janeiro

Prefeitura de Londrina paga aumento para secretários antes de alterar Lei de Diretrizes Orçamentárias

Douglas Kuspiosz - Grupo Folha
14 fev 2025 às 08:45

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Roberto Custódio
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O pagamento do salário de R$ 21,9 mil no mês de janeiro para os secretários municipais e para o vice-prefeito de Londrina deve ter repercussões na CML (Câmara Municipal de Londrina). Isso porque, o PL (Projeto de Lei) n° 13/2025, que autoriza a Prefeitura a pagar a remuneração atualizada, ainda não foi aprovado pelos vereadores.


Quando foi aprovado e sancionado, em dezembro de 2024, o aumento ficou condicionado à adequação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025 e à existência de prévia dotação orçamentária - é o que diz o artigo 3° da Lei 13.921/2024, que foi articulada pelo prefeito Tiago Amaral (PSD) antes mesmo de assumir o cargo.

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À época, o projeto foi protocolado pela Mesa Executiva da Câmara atendendo à demanda do então prefeito eleito, que justificou que os salários estavam defasados - os secretários recebiam R$ 14,4 mil e o vice, R$ 9,1 mil - em comparação com cidades do mesmo porte de Londrina, e poderiam afastar nomes qualificados da administração. Como último ato da sua gestão, o ex-prefeito Marcelo Belinati (PP) sancionou o texto no dia 31 de dezembro. 

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O ponto é que, antes mesmo de votar o PL 13/2025 e adequar a LDO, a Prefeitura já pagou o valor atualizado para o primeiro escalão. A decisão pode trazer repercussões jurídicas, já que não está amparada na LDO atual. "Em tese, o recebimento de subsídio com base em lei vigente, mas ineficaz, pode configurar crime de responsabilidade fiscal ou ato de improbidade", disse um advogado ouvido pela FOLHA. 

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Um caminho para evitar empecilhos legais seria, no começo de janeiro, convocar sessão extraordinária, chamar o projeto de urgência e aprová-lo antes do primeiro pagamento, uma vez que a aprovação em si não deve ser uma dificuldade. Mas a matéria só chegou na CML no dia 30 de janeiro, propondo retroagir seus efeitos para dezembro de 2024, o que deve encontrar resistência no Legislativo.


O parecer da Procuradoria Legislativa da CML, que tem caráter opinativo e subsidia a análise da Comissão de Justiça, aponta que a retroatividade é uma medida excepcional que não pode ser aplicada neste caso.


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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Prefeitura paga aumento para secretários antes de alterar LDO
Condição explícita na lei, ajuste das diretrizes orçamentárias ainda tramita. Procuradoria diz que não é possível retroagir efeitos do PL
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