Seis centrais sindicais denunciaram o governo do Paraná e o governador Ratinho Júnior (PSD) à Organização Internacional do Trabalho (OIT) por práticas antissindicais, ataque ao direito de greve, violência contra professores e ameaça de prisão à presidente do APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, durante a greve de professores estaduais ocorrida entre 3 e 5 deste mês. A denúncia foi apresentada durante a 112ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, na Suíça.
No documento protocolado no Comitê de Liberdade Sindical da OIT, as centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB e NCST pedem que a entidade se “manifeste de forma veemente contra as práticas persecutórias do governo do estado do Paraná, deixando claro que a conduta de Ratinho Junior é incompatível com a Constituição da OIT, e com as Convenções 87, 151 e 154”.
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Os professores entraram em greve no dia 3, em protesto contra o projeto que terceirização a administração de 204 escolas estaduais. Pela manhã, em entrevista, Ratinho Junior disse que tinha informações do “setor de inteligência da PM” a respeito dos grevistas e afirmou que a greve era ilegal. À tarde, os manifestantes ocuparam a Assembleia Legislativa do Paraná e o projeto foi aprovado em votação on-line.
No dia 5, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) pediu à Justiça a prisão de Walkiria Mazeto, por supostamente descumprir uma decisão judicial, e a aplicação de uma multa diária de R$ 10 mil para a líder sindical. A Justiça não deferiu os pedidos, mas a greve foi encerrada na noite do mesmo dia, em assembleia dos professores.
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