O vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, cobrou empenho dos países mais ricos em soluções internacionais diante da "necessidade urgente" do combate à mudança climática, e lembrou que o ano de 2023 bateu recordes de calor.
"Os ricos poluem e os pobres pagam a conta. E dentre os pobres, os mais pobres ainda pagam [mais] a conta", afirmou nesta quarta-feira (27).
Leia mais:
'Deselegante', 'covarde', 'caminho errado': 6 momentos em que Bolsonaro foi alvo da direita na eleição
Gilmar anula condenações de Dirceu na Lava Jato, e petista fica elegível para 2026
Como pagar multa eleitoral? O que fazer para regularizar seu título
Em Curitiba, prefeito eleito diz que vai implantar vale-creche e meia tarifa de ônibus nos domingos já em janeiro
O discurso aconteceu ao lado dos ministros Carlos Fávaro, da Agricultura, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, além de parlamentares e representantes do agronegócio, durante um evento da Frente Parlamentar do Biocombustível.
O vice-presidente afirmou ainda que o Brasil tem o poder de liderar as discussões sobre três temas centrais no debate mundial: a segurança alimentar, a segurança energética e o combate às mudanças climáticas.
Mas voltou a exigir compromisso dos países mais ricos ao afirmar que irá cobrar do presidente da França, Emmanuel Macron, avanço com relação ao acordo de cooperação internacional entre Mercosul e União Europeia.
"Eu estou indo para São Paulo, o presidente Macron está indo para São Paulo. Nós vamos ter um encontro na Fiesp [Federação da Indústria do Estado de São Paulo] e eu vou cobrar o acordo Mercosul-União Europeia", disse.
Macron cumpre agendas no Brasil ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas quais o desenvolvimento sustentável é tema central. Ao mesmo tempo, o francês foi o principal responsável por travar as tratativas entre os dois grupos comerciais.
Alckmin afirmou que pretende levar a pauta dos biocombustíveis para Macron e lembrou que o setor vem atraindo investimento de diversos países, como Estados Unidos e Índia. Ele defendeu que o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados sobre o tema é essencial para dar segurança jurídica a esse mercado.
Ele defendeu também a Reforma Tributária e disse que é necessário construir no Brasil uma "agro indústria", com energia verde e combustíveis menos poluentes.
Ao final do evento, ele, os ministros, os parlamentares e representantes do setor posaram para foto em frente a um caminhão movido 100% com biodiesel, versão mais sustentável do diesel e defendida pelo agro como forma de substituir o combustível fóssil.