"Isso é uma coisa da incompetência da equipe dele", disse o petista. "Do ponto de vista psicológico ele está um pouco desestruturado. A campanha está chegando e ele finalmente percebe que pode perder estas eleições."
As declarações foram dadas em entrevista à rádio Clube FM Brasil, na manhã desta quinta-feira (27).
A campanha de Bolsonaro pretende usar um relatório com diversas fragilidades sobre suposta supressão de inserções do presidente em rádios de Norte e Nordeste como uma forma de estender um debate jurídico sobre a legitimidade das eleições em caso de derrota no próximo domingo (30).
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Em segundo lugar nas principais pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro reforçou a ofensiva de ataques ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e insistiu na acusação de boicote de algumas emissoras de rádio na veiculação da propaganda eleitoral.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, rejeitou nesta quarta-feira (26) a ação apresentada pela campanha, destacou a ausência de provas e disse que ela se baseava em levantamento de empresa "não especializada em auditoria".
O ministro ainda apontou possível "cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana" e mandou o caso para ser avaliado dentro do inquérito das milícias digitais, que é relatado por ele mesmo no STF (Supremo Tribunal Federal).
À noite, Bolsonaro prometeu recorrer até o fim e disse que seu partido deve contratar uma terceira empresa de consultoria para analisar os casos.
O levantamento feito pela coligação de Bolsonaro sobre as inserções não comprova a alegação de boicote das rádios e tem fragilidades.
As emissoras já começaram a contestar os dados da auditoria. Uma das rádios afirma que o PL deixou de entregar as inserções durante um período –e por isso elas não foram veiculadas.
A campanha de Bolsonaro avalia que o episódio permite que o presidente volte a se apresentar como candidato anti-sistema e perseguido pelo Judiciário.