O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, nesta terça-feira (19), em Nova York, da abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Tradicionalmente, cabe ao governo brasileiro fazer o primeiro discurso do evento, seguido do presidente dos Estados Unidos. Essa tradição vem desde os princípios da organização, no fim dos anos 1940.
Em mensagem nas redes sociais, Lula diz que vai discursar na ONU às 9h (horário local, 10h no Brasil), 20 anos depois da primeira assembleia e 14 anos depois do último discurso como presidente.
É a oitava vez que o presidente brasileiro abrirá a assembleia da ONU. A comitiva do Brasil é formada por 12 ministros. Sete deles participarão de eventos ligados diretamente ao evento. Os demais não fazem parte da delegação, mas estão cumprindo agendas oficiais.
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Na manhã de segunda-feira (18), Lula teve encontros com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e com o com o presidente da Confederação Suíça, Alain Berset. No domingo (17), um dia após chegar a Nova York, participou de reunião com empresários e de um jantar oferecido pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Josué Gomes.
Na quarta (20), o presidente vai se reunir com o líder da Ucrânia, Volodimir Zelensky. O encontro foi confirmado pelo Palácio do Planalto e deverá ocorrer na parte da tarde, mas o horário ainda não foi informado.
A reunião bilateral será a primeira entre os dois líderes desde que Lula assumiu o mandato. O Brasil é um dos países, como a Índia e a China, que vem proclamando publicamente uma postura de neutralidade na guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Por isso, havia uma expectativa do encontro entre Lula e Zelensky desde maio deste ano, quando ambos participaram da Cúpula do G7, no Japão, o que acabou não ocorrendo.
No mesmo dia, Lula será recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em evento que já estava previsto há algumas semanas. Os mandatários vão lançar uma iniciativa global para promoção do trabalho decente.