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Ministro do STF

Gilmar Mendes libera voto sobre financiamento de campanhas até o meio do ano

Agência Brasil
30 abr 2015 às 17:19

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (30) que deve liberar "até o meio do ano" seu voto vista no julgamento sobre proibição de doações de empresas privadas para campanhas políticas.

O julgamento foi interrompido em abril do ano passado, por um pedido de vista de Gilmar Mendes, quando o placar era de seis votos a um pelo fim de doações de empresas a candidatos e partidos políticos.

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Nesse período, Gilmar Mendes foi criticado por entidades da sociedade civil, que alegaram demora na devolução do processo para julgamento. Em março, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediram brevidade na finalização da votação.

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Sob alegação de demora na conclusão do voto, dois deputados federais do PT entraram com uma representação contra o ministro no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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O Supremo julga a Ação Direta de Inconstitucionalidade da OAB contra doações de empresas privadas a candidatos e a partidos políticos. A entidade contesta os artigos da Lei dos Partidos Políticos e da Lei das Eleições, que autorizam as doações para campanhas políticas.


De acordo com a regra atual, as empresas podem doar até 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior ao da eleição. Para pessoas físicas, a doação é limitada a 10% do rendimento bruto do ano anterior.

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A maioria dos ministros seguiu o voto do relator da ação, ministro Luiz Fux, mas o resultado não pode ser proclamado sem o voto de Gilmar Mendes. Segundo Fux, as únicas fontes legais de recursos dos partidos devem ser doações de pessoas físicas e repasses do Fundo Partidário.


O relator também definiu que o Congresso Nacional terá 24 meses para aprovar uma lei criando normas uniformes para as doações de pessoas físicas e para recursos próprios dos candidatos. Se, em 18 meses, a nova lei não for aprovada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá criar uma norma temporária.

Apenas o ministro Teori Zavascki votou contra a proibição de doações de empresas privadas para campanhas políticas.


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