Diante das movimentações políticas de Sergio Moro, saindo do Podemos rumo ao União Brasil nesta quinta (31), representantes do empresariado paranaense ainda resistem à ideia de ver o ex-juiz como candidato a outro cargo que não seja a Presidência.
Um dos maiores defensores da candidatura de Moro, Fabio Aguayo, que é diretor da CNTur (associação do setor de turismo) e ainda em junho de 2021 lançou um movimento de apoio ao ex-juiz, afirma que a mudança de partido visa melhorar o posicionamento na corrida presidencial.
"Nós, que somos apoiadores desde o início, ficamos felizes de ele ter uma atitude, porque no Podemos ele ficava limitado a não ter tempo de televisão, a não ter verba do fundo partidário. Acho que ele deu um passo importante", diz.
Para Aguayo, Moro ainda tem condições de disputar a vaga com Lula e Bolsonaro. "Ele está indo para um debate no centro democrático da escolha do nome mais viável, de quem estiver mais bem posicionado", diz.
O deputado federal Alexandre Leite, tesoureiro do União Brasil em São Paulo, disse que Moro vai disputar uma vaga na Câmara por São Paulo.
"Ele é um estadista, que tem uma estatura acima da média. Se achar que não é viável [concorrer à Presidência], pode abrir mão. Mas ele acredita que vai ser o nome de consenso [no União Brasil], porque representa um campo que todos querem, que é evitar a polarização", afirma Aguayo.