O número de mortes pela Covid-19 no Brasil ultrapassou a previsão do presidente Jair Bolsonaro. Em 22 de março, Bolsonaro disse em entrevista na TV que a quantidade de mortes causadas pelo novo coronavírus não seria maior do que aquelas provocadas pela H1N1 no ano passado.
Até a quinta (9), os óbitos causados pela Covid-19 já chegavam a 941, quase 150 a mais do que as mortes causadas pela H1N1 em 2019, que foram 796.
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Os casos confirmados registrados pelo Ministério da Saúde alcançavam quase 18 mil até quinta. O ministério, porém, tem informado que o número real de casos tende a ser maior, já que só pacientes internados em hospitais fazem testes e há casos represados à espera de confirmação.
Até quarta (8), o país registrava 34.905 hospitalizações por síndrome respiratória aguda, o que representa alta de 277% em relação ao mesmo período de 2019.
Bolsonaro tem minimizado a pandemia do novo coronavírus em suas falas e chama a doença de gripezinha. Nesta sexta (10), Bolsonaro caminhou pelo comércio de Brasília, reunindo apoiadores em torno de si, em meio ao isolamento social em vigência no Distrito Federal devido à pandemia de coronavírus. "Eu tenho direito constitucional de ir e vir. Ninguém vai tolher minha liberdade de ir e vir", afirmou o presidente a jornalistas.
Em 24 de março, durante um pronunciamento em rádio e televisão, o presidente falou contra as medidas de isolamento social, como as restrições para o funcionamento de escolas e comércio.
Dois dias depois, em 26 de março, Bolsonaro disse que o contágio pela Covid-19 no Brasil não será como nos Estados Unidos porque, segundo ele, não acontece nada com o Brasileiro. No mesmo dia, o presidente disse que o brasileiro deveria ser estudado porque mergulha no esgoto e não pega nenhuma doença.