Três homens vão a júri popular nesta terça-feira (25) em Londrina, pelo feminicídio de Ana Carolina Juskow de Souza, assassinada a tiros em 26 de setembro de 2017, no Jardim Atenas, quando tinha 20 anos. O crime ocorreu na presença de sua filha, de 2 anos na época. A denúncia do Ministério Público aponta Jhoni Cavalheiro Alves, ex-companheiro da vítima, como mandante do crime.
Jhoni encontrava-se preso por outro homicídio quando teria encomendado o feminicídio de Ana Carolina. Os outros dois réus - Adelson Bonfim Júnior e Leonardo Araújo Michelassi - seriam os executores. O julgamento está marcado para esta terça, a partir das 9h, no Fórum de Londrina e pode ser acompanhado presencialmente ou pelo YouTube do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).
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Prisão do ex-companheiro não protegeu Ana Carolina da morte
O feminicídio é um crime brutal e intolerável que continua a tirar vidas de mulheres em diferentes circunstâncias. No caso de Ana Carolina, o fato de seu ex-companheiro estar preso não foi suficiente para protegê-la da morte.
“A ideia de posse e controle sobre o corpo feminino, sustentada pela cultura patriarcal, perpetua a visão de que os homens podem decidir o destino das mulheres e tirar suas vidas quando elas contrariam sua vontade, como no caso exposto. E, diante do machismo, nem mesmo a prisão de Jhoni foi capaz de conter a extrema violência que resultou na morte de Ana Carolina quando ela decidiu por fim ao relacionamento.”, destacou o Observatório Néias, no Informe sobre o caso.