O MPPR (Ministério Público do Paraná) apresentou denúncia criminal, nesta sexta-feira (3), contra um psicólogo suspeito de abusar sexualmente de pacientes em Ponta Grossa (Campos Gerais). Ele está sendo acusado pelos crimes de estupro de vulnerável e ato obsceno.
O caso veio a público após a prisão em flagrante do denunciado, na última semana, logo após uma vítima ter sido socorrida por vizinhos da clínica em que a violência foi praticada.
Segundo a denúncia, formulada a partir de inquérito da Polícia Civil, em consulta realizada no dia 25 de setembro, no início da noite, o psicólogo praticou atos libidinosos contra a paciente, que saiu da clínica alterada e foi amparada por pessoas que moram na frente do consultório.
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Os vizinhos relataram que “já presenciaram inúmeras vezes [...] práticas de atos libidinosos com possíveis pacientes no interior de sua sala profissional, já que sempre o fazia com as janelas abertas e de forma escancarada”. Os autos citam ainda uma situação ocorrida em 29 de agosto, de prática de ato obsceno contra outra pessoa, dentro do consultório.
Como destaca a Promotoria de Justiça na denúncia, o psicólogo foi visto e filmado pelas testemunhas do prédio em frente “[…] praticando atos libidinosos com outras mulheres, possivelmente pacientes, de forma ostensiva no interior de seu consultório, em cuja janela não havia sequer uma cortina, o que os incomodava não apenas pelo desconforto inerente à situação, mas também porque seus filhos, menores de idade, também moram no local e estavam suscetíveis a presenciar tamanho despudor.”
Novas vítimas
Eventuais novas vítimas podem buscar a autoridade policial ou a 8ª Promotoria de Justiça (Rua Leopoldo Guimarães da Cunha, 590, fone 42-3302-4815, e-mail [email protected]). Os autos tramitam sob sigilo absoluto.
Sem resistência – O estupro de vulnerável, crime hediondo previsto no artigo 217-A do Código Penal, se refere à prática de atos libidinosos ou conjunção carnal contra pessoa com menos de 14 anos ou que não consegue consentir e/ou oferecer resistência em razão de deficiência ou enfermidade, ou ainda por conta de fatores como uso de medicamentos, álcool ou similares. No caso em questão, a vítima atacada em 25 de setembro tem Transtorno Dissociativo de Identidade e Transtorno de Ansiedade Social.
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