Polícia

Presos fogem, destroem celas e Polícia Civil fecha 9° DP

12 dez 2013 às 17:33

A situação de superlotação no 9° Distrito Policial, localizado no bairro Santa Quitéria, em Curitiba, é classificada como de "alto risco" pelos policiais que trabalham no local. A carceragem foi destruída pelos presos e alguns conseguiram fugir da delegacia.

Ao todo, durante a fuga, 14 pesos conseguiram escapar da carceragem. Até a tarde desta quinta-feira (12), seis deles haviam sido recapturados. O problema, além da busca que os policiais fazem na cidade para encontrar os fugitivos, está nos demais presos.


Com a destruição das celas, os detentos estão abrigados na galeria da delegacia, que é o corredor que separa as celas. Agora, os detentos estão separados da parte administrativa do DP apenas por uma grade. Os policiais dizem que a situação na delegacia é de alto risco, o que fez com que o DP fosse fechado para atendimento ao público.


Antes da destruição das celas, a capacidade da delegacia era para abrigar 16 presos, mas o DP estava superlotado com 66 detentos. Em uma tentativa de fuga, duas das celas já haviam sido destruídas, o que obrigou os policiais a colocarem dois grupos de 33 presos um em cada cela.


Isso provocou um motim, que só foi controlado após negociação de transferência de alguns dos detentos para a Penitenciária Central do Estado (PCE). Entretanto, a transferência foi impossibilitada porque três presos da PCE renderam dois agentes penitenciários da unidade prisional durante a quarta-feira (11).


Segundo o presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), André Gutierrez, a situação no 9° DP é de "completa destruição". O local, segundo o presidente do sindicato, "não tem a mínima condição de abrigar tantos presos por tanto tempo. Isso ocorre pela ausência do Estado".

Gutierrez diz que se reuniu com representantes da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) para falar sobre a situação, mas não obteve uma resposta sobre a transferência de presos. A reportagem entrou em contato com a Seju e aguarda retorno sobre o caso.


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