O Tribunal do Júri de Umuarama (região Noroeste do Estado) condenou um policial civil à pena de sete anos de reclusão, em regime semiaberto, por homicídio simples, bem como determinou a perda da função pública do investigador de polícia. O julgamento foi realizado no último dia 29.

Conforme relatado na denúncia do Ministério Público, no dia 16 de abril de 2011, por volta das duas horas da madrugada, durante uma festa na Chácara da Arefuza, o réu disparou dois tiros de sua pistola calibre 380 contra um rapaz que havia lhe dado um golpe de capacete. Na época, o réu era policial estagiário. Ele havia tomado posse e sido encaminhado para atuar na cidade de Umuarama, mas ainda não havia passado pela Escola de Polícia Civil.

Segundo o promotor de Justiça Carlos Roberto Moreno, durante a festa o réu resolveu abordar e revistar uma pessoa, excedendo-se ao puxar o capuz do rapaz, e um irmão gêmeo do jovem abordado veio até eles e bateu no ombro do policial, chamando-o para conversar em separado. Em seguida, eles começaram a discutir, momento em que a vítima pegou um capacete que estava em cima de um carro próximo e desferiu um golpe que atingiu o braço do policial, que imediatamente sacou de sua pistola e desferiu um tiro, e após se afastar dois passos efetuou um segundo disparo. A vítima saiu correndo, em meio às pessoas, e o réu foi atrás para prendê-la. O rapaz foi atingido pelos disparos e morreu quatro dias depois, período em que permaneceu internado num hospital local.