Polícia

Policiais envolvidos na morte de jovens da Bratac voltam a trabalhar em Londrina

14 mar 2025 às 15:03

Os quatro policiais envolvidos na morte de Wender da Costa, 20, e Kelvin dos Santos, 16, voltaram a trabalhar normalmente em suas respectivas funções na PM (Polícia Militar) de Londrina. A informação foi dada pelo advogado dos agentes, Eduardo Miléo, nesta quinta-feira (13) e confirmada pelo secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, na manhã desta sexta (14).


Os jovens foram mortos em um suposto confronto em 15 de fevereiro, quando, durante uma abordagem no jardim Santiago (Zona Oeste), 18 tiros foram disparados pela PM em direção aos dois. Os policiais, no boletim oficial, alegaram que Wender e Kelvin estavam armados e tentaram reagir à ação.


Conforme esclareceu a assessoria de comunicação da PM do estado, quando há uma intervenção policial com morte, a PM mediatamente afasta os policiais que atuaram na ocorrência até que passem por uma avaliação psicológica. Após esse período, caso estejam aptos ao trabalho, retornam às atividades. 


Ainda de acordo com a assessoria, não existe, até o momento, algo que desabone a conduta de Julio César da Silva, Luiz Ricardo Monteiro da Silva, Jeferson Fontes Longas e Gabriel Ferreira de Lima Bosso, os quatro policiais militares envolvidos no suposto confronto. "Desta forma, em respeito ao princípio da presunção da inocência, eles regressaram às suas atividades após o período de afastamento protocolar citado acima."


O IPM (Inquério Policial Militar) que investiga os agentes tem prazo de 40 dias para terminar. Como foi instaurado no dia 18 de fevereiro, deve ser concluído até o fim do mês.


O secretário de Segurança Pública garantiu, em coletiva de imprensa nesta sexta, que a pasta está acompanhando de perto o caso e ressaltou que essa é uma investigação que vem ocorrendo de maneira “imparcial” e “sem juízo de valor”.


A reportagem procurou o advogado Eduardo Miléo novamente nesta sexta, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.


Protestos e câmeras corporais


Teixeira também deixou claro que toda a situação em relação aos protestos vem sendo acompanhada pelo setor de inteligência da Polícia Civil e que a população tem o direito de se manifestar e a lutar pelo que elas acham justo, desde que de maneira ordeira e pacífica.


Em relação às câmeras corporais, ele disse que já há um prazo estipulado para a conclusão do estudo do projeto piloto, mas não deu mais detalhes. Além disso, o objetivo é ir além, segundo ele, e instalar câmeras também nas viaturas para que elas possam identificar veículos roubados e fazer o reconhecimento facial de suspeitos. “Tudo isso está sendo visto com muito respeito uma vez que é muito caro e é um recurso público, que é do povo, então a gente vai aplicar da melhor forma possível”, destacou.


Colaborou Jéssica Sabbadini


Leia mais sobre o assunto:

Continue lendo