Polícia

Polícia prende três suspeitos de praticar golpe do aluguel em Cambé

03 dez 2025 às 10:46

A Polícia Civil de Cambé prendeu na manhã desta quarta-feira (03) três pessoas suspeitas de integrarem um grupo criminoso voltado a aplicar o chamado ‘golpe do aluguel’. A polícia já identificou ao menos quatro vítimas no município, mas a suspeita é de que o número seja ainda maior. 


O delegado de Cambé, Paulo Henrique Costa, explica que a primeira vítima procurou a delegacia há cerca de três meses para relatar que tinha visitado um imóvel para locação e, após pagar um determinado valor para firmar o contrato, o suposto responsável pelo imóvel desapareceu. 


Durante a investigação, foi identificado que em todos os casos o contato com os golpistas foi feito através de anúncios nas redes sociais. Durante o contato, os estelionatários se identificavam como responsáveis pelos imóveis e já pediam documentos das pessoas para redigirem o contrato na tentativa de demonstrar a seriedade do negócio.


“Posteriormente, essas pessoas iam até os imóveis para fazer as visitações e havia sempre quem as recebia, que tinha a chave do imóveis e abria”, detalha. Com a certeza de que o local era uma boa opção para alugar, as vítimas faziam o pagamento de um sinal para firmar o contrato. A partir daí, os golpistas encerram o contato. 


O delegado explica que os golpistas tinham acesso às chaves das residências porque iam até as imobiliárias e demonstravam interesse em comprar ou alugar um imóvel. Com isso, faziam o cadastro e retiravam as chaves para, supostamente, visitarem as casas. 


Com isso, Costa detalha que eles faziam cópias das chaves e fotos das casas para anunciarem nas redes sociais por um valor um pouco mais abaixo do praticado nas imobiliárias. As chaves originais eram devolvidas. 


Ele explica que cada imobiliária trabalha de uma forma diferente, mas que permitir a visitação sem a presença de um corretor é algo que vem facilitando a ação desses criminosos. Além disso, o delegado garante que as imobiliárias não têm qualquer tipo de participação no crime. 


Os golpistas se apresentavam como proprietários do imóvel ou como funcionários da imobiliária. “Eles faziam tudo o que fosse possível para ludibriar as pessoas que eles queriam captar para receber a vantagem financeira”, afirma. 


Dos três mandados de prisão expedidos, um foi cumprido em Cambé, outro no Vivi Xavier, na zona norte de Londrina, e o terceiro já estava preso. Costa afirma que o mesmo golpe fez vítimas em Londrina e em Ibiporã, sendo que a suspeita é que eles integrem o mesmo grupo criminoso. 


Segundo o delegado, cada vítima teve um prejuízo médio de R$ 1 mil, valor respectivo a, supostamente, a primeira parcela do contrato de locação. “O que chamou bastante atenção é que as vítimas eram de uma classe social não tão abastada e que nós percebemos que eram pessoas que não tinham muito traquejo com a questão de contratos e negócios”, explica, acrescentando que os criminosos devem ser indiciados por estelionato e, também, por associação criminosa. 


O delegado afirma que a investigação deve seguir, já que existe a suspeita de que mais pessoas participem do golpe. Além disso, ele orienta que outras vítimas procurem a delegacia para registrar o boletim de ocorrência.


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