A PCPR (Polícia Civil do Paraná) deu início na manhã desta sexta-feira (7), em Maringá (Noroeste), a uma operação contra um grupo criminoso investigado por fraudes financeiras milionárias. Ao menos 30 pessoas em 11 estados foram vítimas do grupo, resultando em prejuízos que passam dos R$ 10 milhões.
A operação contou com a participação de 14 policiais civis que deram cumprimento a quatro mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas suspeitas de envolvimento no esquema criminoso. Na operação, foram apreendidos documentos e outros itens que vão ser periciados e devem ajudar no andamento das investigações, principalmente na identificação de outros integrantes da organização e de novas vítimas.
As investigações começaram ainda em 2024 após a PC receber denúncias de empresários que alegaram que foram lesados depois de firmarem contratos com uma instituição financeira sediada em Maringá, que se apresentava como intermediadora na captação de recursos financeiros junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As vítimas são do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal, Pará, Roraima e Amazonas.
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Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que as falsas linhas de crédito oferecidas por esse grupo ultrapassam R$ 300 milhões, sendo que apenas as vítimas identificadas até o momento tiveram um prejuízo de mais de R$ 10 milhões. O esquema envolvia o adiantamento de 5% do valor de empréstimo desejado para a liberação dos valores, além de outras taxas, com a justificativa de que o crédito seria repassado em até 120 dias, o que não acontecia.
De acordo com o delegado Mateus de Bona Ganzer, os alvos eram empresários que buscavam financiamentos com juros mais em conta, geralmente em bancos públicos. “Para conquistar a confiança das vítimas, um dos líderes da organização criou a imagem de um empresário bem-sucedido, ostentando uma estrutura empresarial de alto padrão, com sedes luxuosas, sites bem elaborados e bens registrados em seu nome, evitando levantar suspeitas”, disse.
