A Polícia Civil acredita ter identificado os dois assassinos do policial militar Arides Luís dos Santos, de 44 anos, morto horas antes da chacina de 12 pessoas em uma mesma região na periferia de Campinas, interior paulista, entre a noite do domingo, 12, e a madrugada de segunda-feira, 13. Um deles é menor de idade e eles não estariam entre as vítimas da chacina. Policiais estiveram na casa onde eles moram, em um bairro da mesma região, mas não encontraram ninguém.
A principal linha de investigação da força-tarefa montada para apurar o caso envolve a participação de policiais militares em uma ação montada em reação à morte do policial. A identidade dos dois foi descoberta após a polícia divulgar imagens do crime, no momento em que eles tentam roubar o policial de folga, que abastecia o carro. O PM tentou desarmar um dos criminosos e foi baleado na cabeça.
Na mesma noite, os assassinatos ocorreram em cinco locais distintos da região, em pontos de venda de drogas, em um prazo de quatro horas. O traço comum dos assassinos, segundo mais de um depoimento de testemunhas, é o uso de touca ninja, colete escuro e botas. Foram encontradas 53 cápsulas de pistola 9 mm e revólver calibre 380 nos cinco pontos onde as vítimas foram assassinadas, todas com característica de execução - mais de um tiro na cabeça e no tórax.
Leia mais:
Homem mostra genitália a vizinha e apanha do pai dela em Rio Bom
Suposto vendedor de travesseiro furta cartão de mulher em Apucarana e saca R$ 2.700
Helicóptero cai e mata seis tripulantes em MG em ação de salvamento a avião acidentado
Polícia apreende mais de 300 kg de maconha e prende casal na BR-369
Nesta quinta-feira, 16, a força-tarefa da Polícia Civil recebeu a lista de policiais militares que trabalharam e folgaram na noite dos crimes. A partir dessa lista será apurada a participação de policiais nos crimes. Uma testemunha ouvida pelos policiais também relatou supostas ameaças sofridas após a descoberta de dois sobreviventes da chacina, que estão internados. Eles foram baleados na mesma região, na madrugada dos crimes, e internados em hospitais. A PM comunicou o fato posteriormente ao registro dos assassinatos. "Chama atenção e vamos apurar por que isso aconteceu", afirmou o delegado Devanir Dutra. A PM alegou excesso de trabalho no dia para justificar a demora em registrar as ocorrências.
Piracicaba
Em Piracicaba, cinco pessoas foram baleadas em dois pontos diferentes de uma mesma região na madrugada desta quinta-feira, 16. Em reação aos crimes, moradores do bairro Novo Horizonte atearam fogo em ônibus do transporte urbano. Pela manhã, os ônibus circularam com escolta.