A Polícia Civil de São Paulo identificou os 15 alunos expulsos da Unisa (Universidade Santo Amaro) após a divulgação de vídeos em que eles aparecem nus durante jogos universitários que aconteceram em abril deste ano em São Carlos, no interior do estado.
Além dos alunos, foram identificadas as atletas que jogavam na quadra no momento em que os alunos envolta ficaram nus e os diretores da atlética da Unisa, que também deverão ser ouvidos.
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O caso é investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São Carlos, que nos próximos dias vai convocar os alunos envolvidos para esclarecer os fatos.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirma que os vídeos foram enviados para perícia no IC (Instituto de Criminalística) e que serão analisados também pelo Setor de Inteligência da Polícia Civil.
A investigação apura se no episódio foram cometidos os crimes de ato obsceno (manifestação sexual em público capaz de ofender o pudor) e de importunação sexual.
A Folha de S.Paulo tenta contato com a Unisa desde o último dia 18, mas a instituição não responde aos questionamentos da reportagem não diz quantos estudantes foram expulsos, nem como a investigação está sendo conduzida.
Em nota divulgada no dia 19 em seu site, a Unisa classificou o comportamento dos alunos como "atos execráveis" e disse que entregou ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo) "elementos que podem colaborar com as providências cabíveis".
Na última sexta (22), o MEC (Ministério da Educação) voltou a notificar a Unisa para pedir informações. Além disso, notificou outras três universidades: São Camilo, Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e a FCMSCSP (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo), que têm até 15 dias para prestar esclarecimentos.
Segundo o MEC, estudantes dessas três instituições também apareceram em imagens com teor similar às dos alunos da Unisa. O objetivo, diz o ministério, é apurar quais medidas foram tomadas para investigar e punir condutas ocorridas em trotes, jogos ou eventos de cunho acadêmico.