A Polícia Civil de São Paulo convocou Osmar Stábile, vice-presidente do Corinthians, para depor no inquérito que apura repasses feitos pelo intermediário do patrocínio da Vai de Bet a uma empresa "laranja".
O delegado Tiago Fernando Correia encaminhou ofício a Osmar Stábile para realizar uma oitiva online, na próxima quinta-feira. A investigação é conduzida por Correia na 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), em São Paulo.
Stábile, que foi convocado na condição de testemunha, é o 1º vice-presidente do Corinthians. Armando Mendonça, 2º vice que foi eleito na mesma chapa com Augusto Melo e Stábile, prestou seu depoimento às autoridades no ano passado. Inclusive, Mendonça foi um dos membros da diretoria que questionou a lisura do acordo.
A Polícia fez avanços importantes na investigação. Inclusive, chegou à conclusão de que empresas de fachada envolvidas no caso possuem ligação com a organização criminosa PCC.
A expectativa das autoridades é de concluir o inquérito nos próximos dois meses, uma vez que todas as oitivas deverão ser feitas até abril.
Vale lembrar que, em caso de avanço do impeachment contra Melo, Osmar é quem ocuparia a cadeira do mandatário temporariamente. A votação do processo de destituição segue aberta desde o fim do ano passado e ainda não foi remarcada pelo presidente do Conselho Deliberativo do clube.
RELEMBRE O CASO VAI DE BET
Em março do ano passado, o Corinthians fez dois depósitos de R$ 700 mil cada para empresas de Alex Cassundé -a Rede Social Media Design Ltda, que foi escolhida para intermediar o patrocínio da Vai de Bet com o Corinthians, pertence ao empresário.
Segundo a polícia, a maior parte deste dinheiro passou por contas bancárias de três empresas de fachada e que estão em nome de "laranjas".
Uma das transferências da Rede Social Media Design Ltda foi de R$ 580 mil à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda -mais R$ 462 mil foram transferidos para a mesma destinatária.
Em entrevista ao UOL, a sócia da empresa laranja, Edna Oliveira dos Santos, contou que vive de favor em uma comunidade em Peruíbe com os três filhos pequenos e depende do Bolsa Família para alimentá-los.
Em junho do ano passado, a Vai de Bet rompeu contrato com o Corinthians ao acionar a cláusula anticorrupção.

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