A Polícia Civil cumpriu nesta terça-feira (28) nove mandados de busca e apreensão em Arapongas (Região Metropolitana de Londrina).
Os alvos foram quatro pessoas, e suas respectivas casas, a Codar (Companhia de Desenvolvimento de Arapongas), no setor administrativo e pátio de veículos, e também as sedes de duas empresas do ramo de pavimentação e loteamento.
De acordo com a Divisão Estadual de Combate à Corrupção em Londrina, a suspeita é de que uma empresa que venceu uma licitação da prefeitura para pavimentação vinha usando maquinário do município ao invés de utilizar veículos próprios para executar os serviços.
Leia mais:
Técnico com HIV que gravou estupros de pacientes é indiciado em Curitiba
PRF recupera veículo roubado e apreende 264,7 kg de maconha em Mandaguari
Suspeitos de envolvimento em morte de Liam Payne são presos na Argentina
PRF de Londrina apreende 19,5 toneladas de maconha, maior apreensão da droga do sul
“Essa notícia veio à tona há algumas semanas por meio de um vereador, que expôs um vídeo. Nesse vídeo vê o representante da Codar intervindo na filmagem e a partir daí passamos a investigar”, destacou o delegado Thiago Vicentini.
A polícia detectou que o maquinário “nunca saiu de poder da Prefeitura de Arapongas” como forma de “empréstimo” à companhia.
“Houve uma ‘ventilação’ de que o maquinário estaria cedido para a Codar, mas nós comprovamos, via documentos obtidos até no próprio portal da transparência, que esse maquinário teve manutenções por parte da prefeitura. Ou seja, foi mantido por ela. Mesmo que fosse legítima a receber esse equipamento, ela (Codar) não poderia ter locado (para a empresa)”, frisou.
Os investigadores ainda apontaram que a empresa pode ser de fachada. “Identificamos que apesar de emitir documentos em seu nome, ter uma conta bancária, um procurador, é uma empresa que não tem uma sede, não tem maquinários em seu nome, não tem veículos em seu nome. Então, tudo isso abriu o leque da investigação depois do conhecimento do peculato”, listou.
Vicentini ressaltou que para participar do certame, a empresa apresentou documentações para supostamente comprovar condição física, logística e financeira.
“Ela elencou como próprio veículos que na verdade não são dela, mas sim de uma terceira. Ainda não sabemos se estão locando, mas próprio não são”, detalhou.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: