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Polícia Civil de Londrina alerta sobre golpe de falso aluguel e busca mais vítimas

Heloísa Gonçalves - Redação Folha
15 out 2025 às 16:54

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Pedro Marconi - Grupo Folha
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Quatro homens suspeitos de integrar um grupo especializado em golpes imobiliários foram indiciados nesta semana pela Polícia Civil de Londrina, com o homem apontado como líder sendo preso. De acordo com a polícia, eles obtinham cópias de chaves de imóveis, anunciavam pelas redes sociais e lucravam às custas de vítimas que buscavam locação. A Polícia busca mais vítimas e alerta sobre cuidados ao alugar imóveis.


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A investigação começou após o recebimento de informações indicando a atuação, desde o fim de agosto, de um grupo que aplicava golpes relacionados à fraude em locações de imóveis. Na segunda-feira (13), uma equipe do 5º BPM (Batalhão da Polícia Militar) cumpriu um mandado judicial contra um homem de 38 anos, apontado como o articulador dos crimes, que possuía quatro mandados de prisão em aberto e estava foragido da Justiça.


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O delegado da Polícia Civil, Jayme José de Souza Filho, responsável pela investigação na Delegacia de Estelionatos, explicou que trata-se de um "núcleo familiar". Segundo ele, os indivíduos localizavam imóveis disponíveis para locação e um deles se apresentava nas imobiliárias como interessado, fornecendo seus dados pessoais. Sob o pretexto de conhecer os locais, fazia a retirada das chaves. Em seguida, ele tirava cópias e devolvia as originais aos empreendimentos, para evitar suspeitas.


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Depois, anunciavam a locação dos imóveis em redes sociais por preços bem abaixo do valor de mercado, atraindo potenciais vítimas. Sabendo que os locais estariam desocupados, o primo do homem apontado como líder do grupo promovia visitas com os interessados.


“Após o fechamento do suposto contrato, exigiam o pagamento antecipado do aluguel, em dinheiro ou via PIX, encerrando o contato logo após o recebimento do valor”, informou o 5º BPM. O dinheiro era depositado na conta de terceiros, que recebiam uma porcentagem dos valores. Os laranjas foram envolvidos no crime pelo irmão do homem que estava foragido.

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Preparação para o próximo golpe


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Durante patrulhamento na Avenida Saul Elkind (Zona Norte), nesta segunda, os policiais militares avistaram o homem de 38 anos, acompanhado de outro de 33, entrando em um chaveiro, onde foram abordados. Conforme a PM, o proprietário do estabelecimento disse que o suposto líder do grupo havia solicitado cópias de chaves, que foram entregues à equipe policial. Foi encontrada a etiqueta de uma imobiliária, contendo o código e endereço de um imóvel.


Segundo informações da Polícia Militar, o homem confessou ter participado de diversas fraudes, dizendo que o colega era responsável por retirar e copiar as chaves, recebendo parte dos lucros. Também indicou o envolvimento de seu irmão, 31, responsável por recrutar “laranjas” para receber os valores das vítimas, e de seu primo, 44, que apresentava os imóveis durante as visitas.

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O irmão e o primo foram encontrados em sua residência e confirmaram as participações, como informou a PM. Foram apreendidos dois comprovantes de transações PIX, totalizando R$ 1.450, nos quais o irmão figurava como favorecido. “O aluguel não era depositado na conta deles. Ele (irmão do líder) arrumava o laranja, o primeiro depósito da vítima ia para a conta do laranja e de lá ia para a conta dele”, esclareceu o delegado.

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Souza Filho completou dizendo que os criminosos solicitavam um segundo valor que seria destinado a um advogado, para a formalização do ajuste da documentação do imóvel.


Não houve flagrante


Pelo menos quatro pessoas foram identificadas como vítimas da quadrilha. Antes mesmo da abordagem na segunda, algumas já haviam prestado depoimentos na Polícia Civil e relatado os valores que depositaram para os golpistas, listando as quantias de R$ 500, R$ 800 e mil reais. Uma delas, suspeitando da ação do “corretor” em uma visita a um imóvel, fotografou o homem, o que auxiliou a investigação policial.


Os homens foram conduzidos à delegacia de plantão, sendo atestado que já possuem antecedentes por outros delitos. Conforme o delegado, “todos foram devidamente indiciados, qualificados e interrogados pela autoridade policial plantonista”. Dos quatro, somente o homem responsável por retirar e copiar as chaves negou a participação nos crimes, afirmando que “participava só um pouco, algumas vezes”. Um deles informou que o golpe foi aplicado entre seis e sete vezes, mas não soube precisar os endereços dos imóveis.


O homem de 38 anos foi preso por conta dos mandados de prisão, sendo que os demais foram liberados porque não houve o flagrante do crime e respondem em liberdade. “No momento da abordagem, eles estariam nos atos preparatórios para a realização do próximo delito”, explicou o delegado.


Com o procedimento remetido à Delegacia de Estelionatos, os depoimentos das vítimas com a identificação dos criminosos, a materialidade delitiva e a associação criminosa praticada estão sendo juntados em um único inquérito. Também será incluída a atuação dos laranjas que disponibilizaram contas bancárias.


Vítimas devem ser apresentadas


O delegado acredita que mais “inquilinos” foram enganados pela quadrilha, pedindo que as vítimas procurem a delegacia para que seja dado prosseguimento dentro do mesmo inquérito.

Disse ainda que os clientes devem se manter atentos quando estão à procura de um local para alugar, buscando acompanhamento de um corretor credenciado e formalização de contrato, não somente de maneira verbal. Também devem suspeitar caso o valor pedido pelo funcionário esteja muito abaixo do valor de mercado.


'O barato sai caro'



O gerente de uma imobiliária em Londrina, Eduardo Perez, afirma que  os responsáveis pelos empreendimentos do ramo vêm tomando ações para proteger os clientes de golpes. No local em que atua, foram contratados colaboradores especificamente para a demonstração dos imóveis de locação. “Sempre procuramos reter a chave em nosso poder para não cair na mão de um golpista. Nós temos fotos e vídeos com marcas d'águas, padrões de divulgação para identificar as marcas da imobiliária."


Ele aconselhou os compradores a desconfiar de anúncios muito baratos e confirmar a legitimidade da imobiliária e do corretor, indo pessoalmente até o endereço e conferindo no Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), respectivamente.


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(Com PMPR)

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