Um homem de 23 anos, suspeito de manter sua esposa e seu filho em cárcere privado, foi preso pelas polícia Civil e Militar do Paraná, na sexta-feira (14), na zona rural de Itaperuçu (Região Metropolitana de Curitiba).
A ação teve início após a vítima enviar um e-mail à Casa da Mulher Brasileira relatando que estaria sendo mantida em cárcere privado junto com o filho, de 4 anos. No relato, ela mencionou que sofria agressões físicas, ameaças e que era monitorada por câmeras de segurança 24 horas por dia.
Com base nas informações, a Polícia Militar foi até o local, mas a vítima, inicialmente, negou ter enviado o pedido de socorro. “No entanto, após identificarmos o celular utilizado para registrar o e-mail da denúncia, a mulher confirmou os fatos e detalhou as agressões que sofria”, explica aspirante a oficial da Polícia Militar Elielton Alexandretti.
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Diante dos fatos, o homem foi preso pelos policiais militares e encaminhado à unidade da Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante pelos crimes de sequestro, cárcere privado, dano emocional e ameaça, todos no contexto da violência doméstica e familiar contra a mulher.
De acordo com o delegado Gabriel Fontana, a Polícia Civil está investigando o caso. Os equipamentos de monitoramento da residência foram apreendidos e as imagens estão sendo extraídas e devem passar por análise. “Segundo a vítima, ela estava impedida de ter contato externo e era monitorada constantemente pelo marido. Em ocasiões anteriores, tentou pedir ajuda por meio de um bilhete deixado em um posto de combustível, mas não obteve sucesso”, diz.
Após a prisão, o suspeito passou por audiência de custódia no domingo (16) e foi liberado para responder em liberdade. A mulher e a criança foram encaminhadas para um endereço de acolhimento.
Outro caso em Sarandi
No começo do mês, a PM já havia prendido outro suspeito de agressão à esposa em Sarandi (Noroeste). A denúncia foi feita pela funcionária de um supermercado, após a vítima escrever um bilhete pedindo que a polícia fosse chamada, pois, segundo ela, corria risco de morte.
A PM recebeu uma ligação, via 190, de uma funcionária de um mercado da cidade, onde a vítima, que fazia compras com o marido, solicitou um papel e caneta emprestados. No bilhete, ela escreveu o endereço da residência e o pedido de ajuda: “Chama a polícia que ele vai me matar”.
Após a denúncia, rapidamente a viatura mais próxima da residência foi acionada, chegando ao local e realizando contato com a vítima. O marido, que já possuía passagem por violência doméstica, foi encaminhado para a Polícia Civil.