Polícia

PF visa militares que planejavam matar Lula e Alckmin antes da posse

19 nov 2024 às 08:55

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta terça-feira (19) uma ação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois do pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).


"Foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos", diz a PF.


Além disso, os criminosos planejavam restringir o livre exercício do Poder Judiciário. “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, comentou a PF.


Em operação deflagrada em fevereiro deste ano, a PF já investigava um grupo que atuou na tentativa de golpe de Estado e que monitorava o ministro do STF Alexandre de Moraes.


“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘gabinete institucional de gestão de crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.”


Mandados


A Operação Contragolpe cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, e vai cumprir mais três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas, que incluem a proibição de manter contato com demais investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.


O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão ocorrendo nos estados do Rio de Janeiro, de Goiás e do Amazonas, além do Distrito Federal.


“As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em forças especiais”, informou a PF em nota.


Os fatos investigados, conforme a corporação, configuram crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.


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