Polícia

PF faz operação contra quadrilha que frauda FGTS para saques-aniversário

12 set 2025 às 13:26

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta sexta-feira (12 ) a Operação Ventríloquo II, com o objetivo de desarticular um esquema de estelionato que utilizava dados pessoais de vítimas para antecipar o saque-aniversário do FGTS de forma fraudulenta. A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Londrina e investiga a atuação de um grupo criminoso especializado na abertura de contas bancárias fictícias e na contratação ilícita de empréstimos consignados.


Em abril deste ano, o grupo fez a abertura fraudulenta de uma conta bancária na agência da Caixa Econômica Federal em Siqueira Campos, usando documentos falsificados. Com a conta criada, os criminosos solicitaram e receberam um empréstimo de antecipação do saque-aniversário do FGTS no valor total de R$ 29.591,49. Os valores foram imediatamente transferidos para contas de comparsas e sacados de forma ilegal.


A quadrilha agia por meio da falsificação de documentos de identidade e comprovantes de residência, utilizando essas informações para abrir contas em nome de pessoas que, na maioria das vezes, não tinham conhecimento das ações. Depois, solicitavam empréstimos consignados em nome dessas vítimas, e os recursos eram transferidos para outras contas bancárias, onde eram retirados.


A investigação revelou que o grupo operava de forma organizada, com um núcleo principal que identificava vítimas com saldo no FGTS ou benefícios previdenciários. Usando essas informações, os criminosos recrutavam pessoas para abrir contas e fazer as solicitações dos empréstimos. Frequentemente, esses comparsas eram acompanhados por integrantes do núcleo central, que os orientavam sobre como agir nas agências bancárias.


Além disso, pessoas de boa-fé emprestavam suas contas para a quadrilha, facilitando a movimentação do dinheiro fraudado, o qual era repassado aos líderes do grupo. A operação desta sexta-feira tem como alvo os envolvidos nesse processo de facilitação, que permitiram a transferência e o saque dos valores ilícitos.


A operação foi batizada de "Ventríloquo II" devido ao modo como o grupo usava uma pessoa mais jovem para se passar por um parente idoso ou com dificuldades de locomoção, simulando a autorização dos empréstimos em nome das vítimas. Essa tática já havia sido utilizada em uma investigação anterior, que desmantelou um esquema semelhante.


A Polícia Federal segue com as investigações, e a operação continua em andamento para identificar e prender todos os envolvidos no esquema de fraude que afetou centenas de vítimas em todo o país.


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