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Caso do brigadeirão

Perícia acha morfina no corpo de empresário morto no RJ

Lorena Barros, Eduarda Esteves, Herculano Barreto Filho e Luiza Eltz - Folhapress
06 jun 2024 às 14:59

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- Reprodução
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Resquícios de morfina foram encontrados no estômago de Luiz Marcelo Antônio Ormond, empresário morto após suposto envenenamento no Rio de Janeiro. A namorada dele, psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, está presa por suspeita de envolvimento com o crime.


Psicóloga comprou medicamento à base de morfina duas semanas antes do crime, diz polícia. A suspeita surgiu após depoimento de uma conselheira espiritual de Júlia, presa por suspeita de envolvimento na morte, e após relato de funcionário de farmácia visitada pela suspeita.

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Além da morfina, clonazepam, aminoclonazepam e cafeína também foram encontrados no organismo de Luiz Marcelo. As informações constam em laudo pericial ao qual o UOL teve acesso.

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Causa da morte do empresário não foi identificada no laudo. Os primeiros pareceres policiais sobre o assunto foram inconclusivos e a quantidade de cada substância identificada no estômago da vítima não foi detalhada pela perícia.

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Júlia Andrade Cathermol Pimenta, 29, foi presa na noite da terça-feira (4). Ela passou por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (5) e teve a prisão mantida.


Ela era procurada pela polícia por suspeita de envolvimento na morte do namorado. Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto dentro do seu apartamento no Rio de Janeiro no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia.

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Dois dias após o corpo do empresário ter sido encontrado, Júlia prestou depoimento e foi liberada. O mandado de prisão foi expedido após a oitiva, mas a suspeita não havia sido mais localizada. Um cartaz com a foto da mulher chegou a ser divulgado pelo Disque Denúncia RJ para pedir informações sobre o paradeiro dela.


Defesa afirma que a suspeita está abalada psicologicamente. "É uma situação delicada, e precisa ser esclarecida. A Júlia está abalada psicologicamente. Ela está muito assustada, mas irá colaborar", disse a advogada Hortência Menezes.

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"Embora seja uma psicóloga, tal fato não exclui que possa manifestar um transtorno mental", diz nota enviada pela defesa à imprensa. O texto enviado pela advogada Hortência Menezes ainda diz que Júlia exercia a sua profissão, tem bons antecedentes e família estruturada.


"Houve uma negociação com a advogada para que ela se entregasse. Aí, foi indicado um local para que pudéssemos prendê-la. Em princípio, ela quis ficar calada. Gostaríamos de ouvi-la novamente, porque temos pontos importantes a esclarecer sobre a investigação do caso", disse Marcos Buss, delegado responsável pela investigação do caso.

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CÂMERAS REGISTRARAM VÍTIMA EM ELEVADOR


Luiz havia sido visto pela última vez no dia 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz e Júlia deixam a piscina e entram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato. Ela, uma garrafa de cerveja. Em determinado momento, eles se beijam.


O corpo do empresário foi encontrado no sofá do apartamento. O imóvel fica localizado no Engenho Novo, na zona norte do Rio. Conforme o laudo do Instituto Médico Legal, o homem morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte ainda não foi revelada.


Júlia teria permanecido no apartamento da vítima por dias. "Ela teria permanecido no apartamento da vítima com o cadáver por três ou quatro dias. Lá, teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, descido para a academia, se exercitado", disse o delegado Marcos Buss. Para a polícia, o crime foi premeditado e teria interesse financeiro.


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