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PF e Gaeco

Operação mira cinco policiais civis e delegado suspeitos de corrupção, violência e ligação com PCC em São Paulo

Francisco Lima Neto - Folhapress
17 dez 2024 às 09:00

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- Pixabay
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A Polícia Federal e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) fazem na manhã desta terça-feira (17) operação contra corrupção policial. A Folha apurou que ao menos cinco policiais civis são alvos da operação. Um delegado já foi preso pela operação.

Nesta terça, 130 policiais federais, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, cumprem oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança, Igaratá e Ubatuba. O grupo teria ligações com o PCC.

A Folha apurou que os investigadores suspeitam que o grupo possa ter ligações com o assassinato do delator do PCC, o empresário Antônio Vinícius Gritzbach, 38, mas essa hipótese ainda vai demandar mais apurações. Entre os alvos dos mandados de prisão estão policiais delatados por Gritzbach.

Foram presos o delegado Fábio Baena Martin e os investigadores Eduardo Lopes Monteiro e Rogério de Almeida Felício.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa deles.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que "a Corregedoria da Polícia Civil acompanha uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público nesta terça-feira (17). Diligências estão em andamento e a Corregedoria colabora com o órgão federal e o MP".

Batizada e Tacitus, a operação busca desarticular organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.

A investigação, segundo a Promotoria, partiu de análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada e depoimentos.
"Tais elementos revelaram o modo complexo que os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa", afirma a Promotoria.

Os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão.

O nome da operação vem do termo em latim que significa silencioso ou não dito. É uma alusão à forma de atuar da organização criminosa.

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