A PCPR (Polícia Civil do Paraná) já prendeu preventivamente três suspeitos de envolvimento na morte de Roque Miguel Bronqueti, 72 anos, em Wenceslau Braz, no norte pioneiro, no início do mês. Logo após o crime, os suspeitos teriam feito um churrasco. Uma das envolvidas, de 22 anos, era companheira da vítima. De acordo com a polícia, o quarto suspeito foi morto durante um confronto com a polícia em Londrina. Todos os envolvidos já foram interrogados e permanecem detidos em Wenceslau Braz.
O delegado Huarlei Augusto de Oliveira Chaves, de Wenceslau Braz, no norte pioneiro, explica que Bronqueti morreu entre os dias 05 e 06 de janeiro vítima de uma latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Logo após o crime, foram expedidos mandados de prisão preventiva de quatro suspeitos de envolvimento na morte do idoso. Segundo a PCPR, eles tinham conhecimento do dinheiro na conta bancária da vítima, assim como de veículos e terrenos em nome de Bronqueti. A identificação dos suspeitos foi possível através da perícia da casa e veículo da vítima, assim como das oitivas de pelo menos 15 pessoas.
De acordo com o delegado, na última quarta-feira (17), foi feita uma operação para o cumprimento dos mandados de prisão em Wenceslau Braz, onde foi encontrada uma das suspeitas, de 19 anos. A operação também foi até uma sítio na cidade de Joaquim Távora, a cerca de 50 quilômetros de Wenceslau Braz, onde os suspeitos teriam feito um churrasco após o crime, mas nada foi encontrado no local.
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Ainda no dia 17, outros dois suspeitos foram localizados em Londrina; um deles, de 25 anos, estava escondido na casa da sogra e foi preso por policiais de Ibiporã; o outro, de 20 anos, estava em uma casa no Conjunto Habitacional Cristal, na zona sul, e teria entrado em confronto com equipes da PM, morrendo no local. Segundo o delegado, foi encontrada na casa a arma que ele utilizou no confronto, além de drogas. A última suspeita, que era companheira da vítima, foi presa na sexta-feira (19) pela PM na cidade de Ibaiti.
Segundo a PC, todos os suspeitos do crime já foram ouvidos e permanecem detidos no sistema penitenciário de Wenceslau Braz à disposição das autoridades. Chaves reforça que a elucidação da dinâmica dos fatos teve auxílio das polícias civil e militar, além do apoio dos institutos de Criminalística e de Identificação do Paraná. “Estamos ainda tentando amarrar algumas pontas soltas, mas o que nós já temos é que, de fato, o senhor Roque [Miguel Bronqueti] foi agredido na casa, foi amarrado, foi levado até o Rio Tibagi, na cidade de Jataizinho, onde o corpo foi largado”, detalha. Na sequência, a caminhonete da vítima, avaliada em mais de R$ 200 mil, foi deixada em Londrina, no Residencial do Café, na zona norte da cidade.
Segundo o delegado, com o auxílio de um carro de apoio, logo após o crime os quatro suspeitos teriam ido até um sítio em Joaquim Távora, momento em que teriam feito o churrasco.
O suspeito de participação no latrocínio, morto em confronto com a polícia, foi enterrado na quinta-feira (18) em Porecatu. Durante a madrugada de sexta-feira, o túmulo do homem teria sido violado, sendo que o corpo foi incendiado e alvo de diversos disparos de arma de fogo. Segundo a polícia, o caso também está sendo investigado.
O CRIME
O delegado Huarlei Augusto de Oliveira Chaves explica que a polícia recebeu a informação de que Roque Miguel Bronqueti estava desaparecido no dia 9 de janeiro, três dias após a data em que o crime teria acontecido. Poucas horas depois, a equipe recebeu a informação de que o corpo de um idoso havia sido encontrado às margens do Rio Tibagi, em Jataizinho, a cerca de 190 quilômetros de distância de Wenceslau Braz, e foi identificado como sendo de Bronqueti. A vítima estava com os pés e mãos amarrados. De acordo com o laudo, o idoso morreu por asfixia mecânica.
Nesse momento, segundo o delegado, a linha de investigação deixou de ser de um desaparecimento para um latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Segundo ele, uma das filhas da vítima teria entrado na casa do idoso e notado a falta de documentos pessoais, uma televisão, uma quantia em dinheiro e, também, da caminhonete do pai, uma Nissan Frontier na cor laranja, que foi encontrada no dia 8 de janeiro na zona norte de Londrina.