A Polícia Civil de Apucarana investiga o disparo de arma de fogo que feriu no peito um homem que estava com sua companheira em um motel de Apucarana, na terça-feira (31). Segundo as apurações, o crime teria ocorrido por ciúmes, mas há contradições entre a versão do homem alvejado e da mulher, que se apresentou espontaneamente nesta sexta-feira (3).
A situação foi informada à polícia pouco antes das 12h de terça-feira. De acordo com as informações prestadas à Polícia Civil, o casal teria começado a brigar quando a mulher viu, no celular do companheiro, foto de uma outra pessoa no celular dele.
Após o disparo, a mulher pediu ajuda aos proprietários do motel para socorrê-lo. Ele foi levado à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) e, de lá, encaminhado para o Hospital Divina Providência, onde permanecia na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
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De acordo com o delegado Victor Hugo Torres Bento, que comanda as investigações, a vítima foi ouvida na quinta-feira (2), ainda internado, e a suspeita deu depoimento nesta sexta, após se apresentar com um advogado. Ela não foi detida porque não houve flagrante.
Ao delegado, os dois envolvidos deram informações conflitantes em relação à arma utilizada, uma pistola. “Ele se dispôs a falar, com alguma dificuldade,e contou que a mulher viu mensagem no celular dele de um antigo relacionamento e que isso teria motivado o ciúme dela. E, por isso, segundo ele, ela pegou a arma que estava na bolsa dela e dado um tiro no tórax”, conta Torres. O disparou atravessou o tronco da vítima do disparo.
Entretanto, nesta sexta, a mulher confirmou que viu, pelo espelho no teto, a imagem de uma mulher com quem seu companheiro teria tido uma relação durante um dos rompimentos, o que levou ao desentendimento. “Começou uma discussão e ela quebrou o celular dele. Então, ela alega que o companheiro a segurou pelos cabelos por uma mão e, com a outra, pegou a arma. Mas, num impulso, ela ela conseguiu tomar a pistola e disparar”, diz o delegado ter ouvido no depoimento da mulher.
O fato de que ela teria pedido ajuda para os proprietários do estabelecimento foi confirmado tanto pelos donos do motel quanto por imagens de câmera de segurança. O pedido foi feito porque a mulher não sabe dirigir.
Porém, laudos ajudarão a identificar a quem pertenceria a pistola, já que ela não está registrada no nome de ninguém e nenhum dos envolvidos teria permissão de posse ou porte de armas.
Somente após os laudos, será possível determinar se o caso se trata de lesão corporal ou tentativa de homicídio, diz o delegado.