Anderson Robson Barbosa, o londrinense acusado de assassinar sua mulher e filha enquanto estava no Japão e fugir em seguida, em agosto de 2022, explicou como vivia no Brasil quando foi detido durante cumprimento de mandado prisão expedido pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Esse é o primeiro depoimento após sua prisão em 14 de julho.
No depoimento na audiência de custódia, o réu reclamou, ao ser questionado pela juíza plantonista Amanda Stoppa, que conduziu a audiência, sobre supostas atitudes dos policiais que ele considerou agressivas.
Anderson foi detido em julho de 2023 no interior de São Paulo, e levado para o Complexo Médico Penal de Curitiba. Por um tratado de cooperação entre Brasil e Japão, ele será julgado pela Justiça Federal.
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Na audiência de custódia, ele disse que estava saindo de casa com uma pessoa de 87 anos, da qual estava cuidando, e de uma outra pessoa que foi creditada por ele como "namorada". Eles teriam chamado um motorista de aplicativo para ir ao supermercado quando foram abordados por policiais. "Chegou a polícia gritando bastante - eram cinco ou seis policiais - apontaram a arma para todo mundo e disse 'desce do carro'", conta Anderson na audiência.
Ele, em seguida, reclama do tom de voz da abordagem, que provoca constrangimentos aos vizinhos; diz que as algemas, no momento da detenção, foram desnecessariamente apertadas; que teve a cabeça pressionada contra a parede do apartamento; e que, no camburão, não lhe foi colocado o cinto de segurança. Questionado, ele disse que não saberia identificar os policiais pelo nome e afirmou que, após o momento da detenção, não teria sofrido mais nenhuma violência física ou moral.
Barbosa não revelou detalhes do crime neste primeiro depoimento à Justiça Federal.
Duplo homicídio
A Justiça Federal acatou a denúncia contra Anderson Barbosa na última terça-feira. Ele vai responder pelo feminicídio de Manami Arakami, que tinha 29 anos e nacionalidade japonesa, e pelo homicídio da filha Lily. No caso da esposa, são agravantes do crime motivo fútil, emprego de meio cruel e meios que dificultam a defesa da vítima. No caso de Lily, os agravantes são o fato de se tratar de menor de 14 anos e pelo grau de parentesco, além da motivação de tentativa de ocultação do crime.
O advogado de defesa de Barbosa, Jessé Conrado, informou que as testemunhas de defesa serão chamadas ao processo “e revelarão fatos importantes que demonstrarão que a acusação é injusta e excessiva”.
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Confira o vídeo da audiência: